domingo, 21 de junho de 2009

Terço, rosário e fio de contas

O terço e o rosário, junto com o cachimbo são as ferramentas básicos do catimbozeiro que no fundo é um crente. Não pode haver catimbozeiro sem seu terço ou mesa sem o seu rosário. O catimbozeiro pede o que quer no tempo e é na reza que busca a mudança, assim vela, agua benta e crucifixo não podem faltar em casa de catimbozeiro.

Dentro da dificuldade que temos para classificar o Catimbó, uma vez que não é afro-brasileiro e não é kardecista, não é pagão, poderíamos dizer que é um braço misico espírita de crentes. E como se crentes e católicos se ligassem a prática espírita e mística sem se afastar de sua crença religiosa principal. Algo que fica entre o catolicismo do início da idade média e o espiritismo de incorporação tipicamente brasileiro.

O terço virtualmente se transforma no fio de contas do Catimbó, entretanto, em mais um sincretismo com o Candomblé e Umbanda, poderemos encontrar o fio de contas do Catimbó em algumas casas. Ele é feito com lágrimas de nossa senhora, com uma cabacinha que fica na altura do pescoço. Ao longo do fio de contas, varios talismãs são colocados, mas, principalmente uma chave, peça básica no Catimbó.

Enquanto no Candomblé o Fio de contas tem uma finalidade de carcterizaçào hierarquica, de indentificação de Orixá e também ritual, uma vez que ele é imantado com o Axé da mantança, no catimbó nada disso ocorre. O fio é mais uma representação sincrética e decorativa, que não atrapalha, mas, tenho dúvida se tem a eficácia que se espera.

Entretanto o terço, não. Ele é continuamente encantado através da manipulação durante rezas e benzeduras com agua benta. É um instrumento liturgico importante.

O rosário, junto com o crucifixo e o esplendor é a representa máxima da crença. Enquanto o terço é portátil e pode ser transportado com facilidade seja como instrumento sacro ou como talismã de proteção o rosário vai encontrar o sei lugar na mesa de catimbó

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