segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Caboclo Cobra Coral

Quando falamos do Caboclo Cobra Coral, falamos também da supremacia da Umbanda, que é uma religião, formada dentro da cultura religiosa brasileira incluindo vários elementos, inclusive de outras religiões.
Foi no Brasil que os espíritos indígenas de diferentes posições geográficas encontraram dentro de uma Espiritualidade a verdadeira oportunidade de evolução.
Como todo caboclo, conserva a vibração primária de Oxossi, porém com grande atuação na vibração original da linha de Xangô.
Cobra Coral é um índio tranqüilo e sábio, profundo conhecedor das magias e das curas. Conhece os segredos dos animais peçonhentos, sua imagem é de um cacique alto, traz um tacape na mão esquerda e uma cobra coral na mão direita e outra na cintura. Ele não é apenas famoso no mundo físico, também no plano espiritual se conhece bem a sua fama. Muito temido pelos espíritos de ordem inferior, sendo conhecido no submundo astral como “O Grande Cobra Coral”.
No submundo astral espíritos inferiores e chefes de agrupamentos têm verdadeiro pavor em encontrá-lo o conhecem e temem, pois seu trabalho já se fez sentir também por la. No mundo dos grandes mágicos e magos, ele é conhecido como “O mago do Cajado da Cobra”.
Dizem que onde está Seu Cobra Coral, junto vem um outro Caboclo, que é seu irmão de Falange, o Caboclo Ventania.  Estes dois Caboclos estão entre os Caboclos revelados como Encantados.  Fato é que, como Seu Ventania, ele é Chefe de Terreiro e quando um médium o traz em sua Linha é porque, antes de nascer, firmou compromisso em abrir Terreiro.
Alguns de seus médiuns afirmam sofrerem um pouco ao incorporá-lo, pois sua vibração é mais ” incisiva” se comparamos com as vibrações de outros caboclos de Oxosse. Porém isso está relacionado aos cruzamentos que cada um apresenta.
O Caboclo Cobra Coral, é o emblema da pureza e da magia.
Quem tem, Xangô, Oxóssi, Yansa,  terá certamente a proteção deste caboclo.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Dia de finados


Assim como outras datas são importantes para nossas vidas, o dia 02 de novembro, mais conhecido como dia de finados, também tem sua relevância, pois foi criado em homenagem às pessoas falecidas.
A morte é o cessar definitivo da vida, seja ela humana, vegetal ou animal, que pode acontecer por diferentes motivos, como doenças, acidentes ou violência.
Segundo pesquisas do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o maior número de morte no Brasil é relacionado à mortalidade infantil. Porém, essa taxa teve consideráveis reduções no período entre 1991 e 2000, passando de 45,3 para 28,3, de cada mil crianças nascidas vivas.
Mas o Brasil ainda tem muito a melhorar, se comparado a outros países. Na Europa a taxa é de cinco mortes para mil crianças nascidas vivas, e nos Estados Unidos chega-se a sete.
O dia dos mortos é um dia de respeito, dedicado para que as famílias celebrem a vida eterna dos seus entes falecidos, tendo esperança de que tenham sido recebidos pelo reino de Deus.
As missas em memória às pessoas falecidas tiveram sua origem no século IV, mas foi no século seguinte que a igreja passou a consagrar um dia para essa celebração.
A escolha da data se deu em virtude do dia de todos os santos, primeiro de novembro, pois os religiosos acreditavam que todas as pessoas, ao morrerem, entram em estado de graça, mesmo não sendo canonizados.
A cultura de dedicar um dia para homenagear os mortos varia muito de localização ou religião, mas segue os princípios do catolicismo, pois a partir do século XI, os papas Silvestre II, João XVII e Leão IX passaram a exigir tal celebração.
No México, ao invés de melancolia, os mortos são homenageados com grandes festas. Isso faz com que o país receba visitas de turistas de todo mundo.
Existem alguns símbolos que são muito utilizados no dia dos mortos para homenageá-los. Os crisântemos representam o sol e a chuva, a vida e a morte e por serem flores mais resistentes são muito usadas nos velórios. As velas significam a luz do falecido, as coisas boas que eles deixaram para seus parentes vivos.
Muitas vezes, no dia de finados, o tempo fica nublado ou chuvoso. As crenças populares dizem que isso acontece porque as lágrimas das pessoas são derramadas dos céus.
Crendices populares dizem que não se deve levar terra de cemitério para dentro das casas, pois pode levar azar. Outros afirmam que comer a última bolacha de um pacote pode causar a morte da pessoa que comê-la.
No dia de finados, as pessoas enfeitam os túmulos com flores, acendem velas e muitas mandam rezar missas pelos parentes que perderam. É um dia muito triste, pois através das homenagens feitas, as pessoas voltam a sofrer a dor da perda, entristecendo-se e até chorando por saudade.
Esses sentimentos devem ser respeitados, pois não é fácil aprender a viver sentindo a falta de alguém que antes fazia parte de sua vida, que estava presente em tudo, que oferecia amor, dedicação e carinho. Com certeza, todas as pessoas sentem muito a ausência das pessoas que amam.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola

domingo, 27 de outubro de 2013

Xangô



Xangô é o Orixá dos reis, dos justos e dos poderosos. Ele próprio foi um rei guerreiro que conquistou reinos e enriqueceu seu povo. O seu trabalho entre os homens é cobrar de quem deve e premiar a quem merece, agindo sempre com sabedoria, justiça e poder.
Este Orixá é vaidoso, violento e atrevido. Gosta de festas e comemorações. É o Orixá do raio e do trovão, o seu elemento é a pedra.
No sincretismo os africanos o ligaram a São João Batista a São Pedro e a São Jerônimo.
Conforme a região do Brasil, Xangô é sincretizado a um destes três, em algumas regiões, como o Rio de Janeiro, a dois simultaneamente (São João Batista comemorado a 24 de junho e São Jerônimo comemorado a 30 de setembro).
Seu dia na semana é a quarta feira sua cor na Umbanda é o marrom.
Na mitologia romana é Júpiter, o pai e mestre dos deuses, para os gregos é Zeus, aquele que usava seus raios para punir os mortais, esta correspondência pode ser feita pelo poder supremo que ambos encarnam.
No Tarô há uma lâmina que contém o principal arquétipo de Xangô, é a Justiça representada pelo arcano VIII, que é quem encarna a recompensa justa, a distribuição do prêmio e do castigo. A espada de ouro que a justiça carrega assim como o Orixá em sua representação simboliza as lutas necessárias para se conseguir o equilíbrio, que a balança na outra mão indica ser possível.
A palavra de Xangô é a Justiça

O Físico e o Temperamento
O filho de Xangô não costuma ser muito alto, tem tendência a calvície e seu porte é altivo transmitindo vigor e sensualidade.
Gosta de comer e beber bem, é um apreciador das coisas boas da vida e gosta de compartilhar tudo com aqueles a quem estima, pois faz parte de sua natureza agradar os amigos.
A ambição do filho de Xangô é enorme, desde jovem ele procura o sucesso e a fortuna, mas às vezes gasta as suas energias em atividades que não são as mais indicadas, nestas ocasiões deve ser deixado à vontade, pois é através dos erros e tentativas que vai encontrar sua vocação.
É difícil um filho de Xangô admitir que esteja errado, ele é inflexível e intratável quando contrariado. Seus inimigos serão tratados com rigor e ele fará tudo para desacreditá-los frente aos outros. Mas por maiores sejam as provações que ele tenha que passar haverá sempre uma sorte fantástica a protegê-lo que o anima e encoraja a prosseguir.
Apesar de autoritário a bondade do filho de Xangô é grande, ele concilia severidade com justiça, exigência com reconhecimento, cobrança com recompensa.
Um dos seus defeitos é a falta de criatividade, já que ele não é muito bom para inventar, prefere aperfeiçoar o que já foi criado. É franco, não esconde seus sentimentos, não finge nem dissimula. Sua franqueza faz com colecione alguns inimigos durante a vida, o que não o impede de continuar agindo desta forma.
As emoções desta pessoa são variáveis. Por vezes é orgulhoso, impulsivo, mutável, rebelde. Noutras ocasiões é cortês, generoso e diplomata.
Alguns seguem o caminho da filosofia e teologia, mas a grande maioria deles prefere usufruir apenas da vida material.
Os filhos de Xangô têm boas aptidões para ganhar dinheiro, mas também tem grande capacidade de gastá-lo. Esbanjam com bens pouco duráveis, sem preocupação de criar um patrimônio sólido que o garanta na velhice.
Sua capacidade de aprendizagem está mais ligada aos aspectos práticos do que aos teóricos. Adquire conhecimentos que lhe sejam úteis no desempenho de suas atividades e é muito rápido nisto. Mas não será o pai de uma criação totalmente inovadora.

Amor e Casamento
O filho de Xangô não gosta de pessoas pessimistas, ele quer alguém ativo e dinâmico, com vontade de manter a relação nova sempre.
Se você é incomum, estimulante, sempre notada ou notado quando entra em uma sala, terá grande possibilidade de ser escolhido(a) por ele(a), pois é o filho de Xangô quem escolhe o seu par.
Encantador e envolvente sabe conquistar, mas o desafio da conquista pode fazer com que ele (a) use a pessoa sem se preocupar com os sentimentos dela. A competição para ele é importante e vencê-la mais prazeroso ainda, o problema é que ele(a) não sabe o que fazer com o troféu e sentir por causa disto frustração no amor.
Para manter um relacionamento estável com o filho(a) deste Orixá é necessária boa harmonia mental, bom humor, perspicácia e sensibilidade. A vida tem que ser levada com diversão e inovação bem dosadas. O filho de Xangô nem sempre é fiel a companheira, mas sempre se mantém fiel ao casamento, esta instituição e sua função legal e social são extremamente respeitadas por ele.
Discussões e desentendimentos são comuns numa ligação com um(a) filho(a) de Xangô, ele não gosta de ser cobrado ou vigiado, embora considere seus esses direitos, é zeloso com o que considera seu e não aceita traições.
Quando mais maduro e vivido torna-se muito mais estável e sincero, é nesta fase da vida que suas relações tornam-se duradouras.

Trabalho e Dinheiro
Sua vida profissional começará cedo, tem a sua disposição carreiras que o coloquem em contato com o público, tais como, vendas, política, advocacia e tudo que seja ligado à justiça, mercado financeiro e administração de bens de terceiros também lhe cabem.
Mas, qualquer que seja a atividade ele(a) lutará pra ter reconhecimento e destaque.
Embora seja desorganizado é exigente e rigoroso com seus comandados, que geralmente são leais e produtivos, pois apesar de sua severidade sabe como premiar e motivar aqueles que rendem bem. É crítico, mas faz as suas observações abertamente e com a mesma sinceridade com que critica distribui elogios a quem os mereça.
Não gosta de projetos a longo prazo pois se impacienta com a espera por resultados, é honesto, esperto e rápido, mas sempre fará tudo as claras, cumprindo sempre com sua palavra.
O filho de Xangô é protegido pela sorte com S maiúsculo, quando tudo parece dar errado no fim o sucesso baterá a sua porta. O problema para ele é saber conservar o que conquista, já que gasta demais com coisas que não constituirão reserva patrimonial.

Saúde
As áreas mais sensíveis para um filho de Xangô, aquelas que ele precisa atender para não ter problemas de saúde são: os quadris, os pulmões, o fígado e os intestinos.
A estafa por excesso de serviço pode comprometer e muito seu desempenho profissional, seus hábitos alimentares também comprometem sua saúde fragilizando seu fígado e intestinos.
Esses desequilíbrios alteram seu desempenho profissional, seu temperamento otimista e entusiasmado, tornando-o pouco inspirado em suas ações e impaciente com a família.

O Homem de Xangô
Este homem é um entusiasmado e idealista, tem capacidade de reunir uma multidão em seu redor, seu otimismo cativa as pessoas e as estimula. Cedo se tornará independente de sua família. Trabalhando muito com honestidade conquistará tudo o que merece amparado pela sorte com que seu Orixá lhe abençoa.
Quando as coisas não saem como ele deseja, não se deixa prender pelo desânimo, mesmo tendo que alterar seus planos iniciais, não deixa de acreditar que tudo vai mudar para melhor e quase sempre muda mesmo!
Sua franqueza lhe traz inimizades ou provoca situações embaraçosas, mas ele nunca fala para ferir. Ser franco em excesso é um defeito que deve ser considerado por ele.
Gostam das florestas, dos rios, das montanhas e dos desertos. As pedras são o elemento do qual ele pode se servir para recuperar as forças.
As extravagâncias deste filho estão ligadas ao seu prazer em usufruir das coisas boas que a vida lhe oferece. Convém a ele equilibrar suas despesas com poupança, pois é comum o filho de Xangô ser obrigado a viver uma velhice muito mais modesta do que sua vida na juventude. Manterá quando maduro e na velhice uma aura de juventude, pois conservará seu otimismo através dos anos.

A Mulher de Xangô
Excelente companheira, com forte tino comercial, amante da natureza e da vida ao ar livre, atende sua casa com competência e é uma fonte renovadora com seu eterno positivismo.
Ao contrário dos homens de Xangô, as mulheres regidas por esse Orixá são muito fiéis no amor. Tem paixões honestas e rápidas, mas quando se decide por um companheiro será de uma lealdade a toda prova. Seu companheiro deverá compartilhar com ela sua alegria de viver, a vida ao lado dela é bastante movimentada, com atividades sociais e esportivas bastante intensas.
É sincera, mas nem sempre suas observações são cautelosas, fala sem pensar e isto pode lhe criar situações embaraçosas já que alguém poderá se sentir ofendido com comentários impensados, porém nunca intencionais.
Com o tempo e a maturidade aprenderá a ser mais diplomática e a medir mais suas palavras.
De personalidade forte e independente a mulher filha de Xangô, não gosta de ser mandada, às vezes precisa de um pulso firme para ser controlada.
De temperamento sincero e ingênuo pode ser vítima de desilusões desde cedo, o que forjará uma atitude de desconfiança em relação aos homens.
Detesta serviço doméstico, mas será boa dona de casa, pois odeia mais desorganização e sujeira, um ambiente limpo e bonito a faz se sentir muito bem.
Com os filhos é mais companheira que educadora, dela eles recebem estímulos, aprenderão a ser francos, otimistas e honestos, mas sua disciplina deixará a desejar.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Por que usamos a roupa branca?

 Dentre os princípios da Umbanda, um dos elementos de grande significância e fundamento, é o uso da vestimenta branca. Em 16 de novembro de 1908, data da anunciação da Umbanda no plano físico e também ocasião em que foi fundado o primeiro templo de Umbanda, a Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, o espírito Caboclo das Sete Encruzilhadas, entidade anunciadora da nova religião, ao fixar as bases e diretrizes do segmento religioso, expôs, dentre outras coisas, que todos os sacerdotes (médiuns) utilizariam roupas brancas.

O próprio Cristo, Jesus, ao tempo de sua missão terrena, utilizava túnicas de tecido branco nas peregrinações e pregações que fazia.

Nas guerras, quando os adversários, oprimidos pelo cansaço e perdas humanas, se despojavam de comportamentos irracionais e manifestavam sincera intenção de encerrarem a contenda, o que faziam? Desfraldavam bandeiras brancas!

O que falar então do vestuário dos profissionais das diversas áreas de saúde. Médicos, enfermeiros, dentistas etc., todos se utilizando de roupas brancas para suas atividades. Por quê? Porque a roupa branca transmite a sensação de assepsia, calma, paz espiritual, serenidade e outros valores de elevada estirpe.

Se não bastasse tudo o que foi dito até agora, vamos encontrar a razão científica do uso da cor branca na Umbanda através das pesquisas de Isaac Newton, através do que hoje conhecemos como “ Disco de Newton”. Este grande cientista do século XVII provou que a cor branca contém dentro de si todas as demais cores existentes.

Portanto, a cor branca tem sua razão de ser na Umbanda, pois temos que lembrar que a religião que abraçamos é capitaneada por Orixás, sendo que Oxalá, que tem a cor branca como representação, supervisiona os Orixás restantes. Assim como a cor branca contém dentro de si todas as demais cores, a Irradiação de Oxalá contém dentro de sua estrutura cósmico-astral todas as demais irradiações (Oxossi, Ogum, Xangô, etc.).

A implantação desta cor em nossa religião, não foi fruto de opção aleatória, mas sim pautada em seguro e inequívoco conhecimento de quem teve a missão de anunciar a Umbanda.

Salve o Caboclo das Sete Encruzilhadas!

Lembrando.que todo o terreiro de umbanda usa roupas brancas. Roupas pretas so em gira de esquerda em dias de EXU E POMBA GIRA.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Hoje é Dia de Cosme e Damião; conheça a história dos santos que protegem as crianças


Em algumas regiões do Brasil, é comum que pessoas saiam às ruas para distribuir doces e brinquedos para crianças no dia 27 de setembro.
É quando se comemora o Dia de São Cosme e Damião.
Os dois foram gêmeos médicos que passaram a vida ajudando os mais pobres sem cobrar nada. Eles são conhecidos como os protetores dos farmacêuticos, dos médicos, dos gêmeos e também das crianças.

Gêmeos eram meninos médicos
Há muito tempo, havia uma senhora sem filhos. Vivia cercada de riqueza, mas sentia falta da alegria das crianças. Durante um ano, nos dias pares, ela subiu a uma montanha e fez orações pedindo a Deus a graça de ter filhos. Seu desejo foi realizado e, no dia 27 de setembro, nasceram dois meninos, gêmeos idênticos, a quem ela chamou Cosme e Damião.
Aos 7 anos, Cosme e Damião já exerciam a medicina e faziam muitas curas. Não cobravam para atender os doentes e ofereciam doces para diminuir a tristeza deles. Os médicos do reino, que exploravam os pobres, não gostavam daquilo, e a notícia chegou ao imperador. O rei mandou persegui-los. Mas até os 17 anos Cosme e Damião continuaram curando o povo das doenças e não foram capturados.

Filho do rei adoece
Certo dia, o filho do imperador ficou doente e foi desenganado pelos médicos do reino. Sabendo que o menino ia morrer, o rei mandou que seus soldados fossem buscar Cosme e Damião. Os soldados acharam os dois médicos vestidos com uma roupa muito linda, azul e cor de rosa, com algumas folhas de palmeira na mão. Imediatamente levaram os gêmeos até o imperador. Cosme e Damião conseguiram o que parecia impossível, devolveram a saúde ao menino.

O pagamento pela cura
Depois da cura, o imperador ordenou aos jovens que usassem seus dons apenas para ele e que o adorassem como a um deus. Cosme e Damião responderam que só reconheciam Jesus Cristo como Deus e que seus conhecimentos eram para ajudar o povo.
O rei não gostou da resposta e mandou torturar os médicos, para que negassem sua fé. Como isso não aconteceu, ordenou que os dois fossem decapitados. A mãe dos gêmeos ergueu um altar em casa em homenagem aos seus filhos, enfeitando com flores e doces. As pessoas doentes que iam visitar o altar ficavam boas e, assim, Cosme e Damião se tornaram santos.
Essa história [abaixo] foi contada por Maria José Gomes da Silva, 65, a Dona Zezinha, uma mãe de santo (sacerdotisa) do candomblé.

Os dois santos e candomblé
No candomblé, religião de origem africana, os orixás protegem as pessoas que acreditam neles. A religião diz que toda pessoa que tem santo também tem um erê, orixá menino. Os erês são confundidos com os ibejis, orixás meninos, sempre gêmeos. Os ibejis são cultuados na Nigéria, país com maior número de nascimento de crianças gêmeas no mundo.
A festa dos erês acontece na mesma época da dos santos católicos Cosme e Damião. É comum em vários lugares do Brasil oferecer caruru a Cosme e Damião. Além de caruru, feito com quiabo, há outras comidas, como xinxim de galinha, vatapá, acarajé, banana frita no dendê. Na festa, a comida primeiro é servida às crianças.

 Fonte: Folha de São Paulo

terça-feira, 24 de setembro de 2013

DUAS MULHERES, DUAS VIDAS: UMA HISTÓRIA: A UMBANDA DO PARANÁ!

De acordo com nossos levantamentos, a história da umbanda no Paraná começa com duas mulheres, a Senhora Eugenia Lopes de Oliveira (Tia Zizi – 1909 1994) e D. Amélia Guiraud ( 1904 1998).

Tia Zizi como era conhecida, gostava de ser tratada por “Cavalo de Pai João”, pois dedicou sua vida para que Pai João pudesse cumprir sua missão. Ela começou a incorporar o Preto Velho Pai João de Benguela aos 15 anos de idade, quando ainda morava na casa dos pais. Para tanto, eles afastavam os móveis do quarto dela e ali se realizavam os atendimentos. Após seu casamento com o Sr. José Orlandini Lopes, que era Maçom, iniciaram a construção do Templo Sol do Oriente. 

Em paralelo a história da Tia Zizi, estava D. Amélia, índia legítima nascida em Morretes. Ainda pequena foi adotada por um casal de alemães e cresceu em Ponta Grossa. Como desde cedo ela tinha muitas visões e ouvia vozes, os pais a colocaram num grupo chamado “Filhas de Maria”, buscando amenizar sua mediunidade latente. Ainda assim, ela continuava a ouvir vozes e então, já casada com o Sr. Hercílio Guiraud, começou a frequentar um Centro de Mesa Branca, onde os espíritos que se manifestavam identificavam–se como Dr. Leocádio, um caboclo e um Preto Velho.

Diante desta situação os dirigentes do centro recomendaram que ela fosse para o Rio de Janeiro, pois lá vinha ocorrendo um movimento umbandista onde essas entidades poderiam ser aceitas. Ela e o marido foram para o Rio de Janeiro como nos conta sua neta, Juciema Guiraud Ribeiro:

“... por causa das visões foram procurar como resolver isso, daí alguém indicou ela para um lugar no Rio de Janeiro e lá ela fez camarinha na umbanda, por volta de 1920, por volta de 40 dias de camarinha. E nessa camarinha se apresentou o Caboclo da Mangueira que era o orientador espiritual dela. E ela dizia que tudo que ela aprendeu sobre umbanda foi com o Caboclo da Mangueira.”

É no retorno para Curitiba que ela inicia os trabalhos no porão da sua casa, que ficava no Largo da Ordem. Somente então o espírito que se apresentava como Leocádio no centro de mesa branca se apresentou como sendo Exu Geribom, sendo sempre o Caboclo da Mangueira o orientador espiritual das atividades. Naquela época, a maioria dos trabalhos era de cura. Apesar de não terem atabaques havia os cânticos e palmas e, nesse período, como a repressão da polícia era grande, alguns filhos ficavam na calçada e caso avistassem um policial ou alguém suspeito, desciam e avisavam para diminuírem os barulhos.

AS VIDAS SE CRUZAM

Os maridos de Tia Zizi e D. Amélia (que eram maçons e estavam juntos na construção do Templo Sol do Oriente) conseguiram na Rua Clotário Portugal, um terreno triangular para a edificação do templo. Através da amizade dos esposos, a corrente mediúnica da D. Amélia se une à corrente da Tia Zizi, formando assim o Templo Sol do Oriente. Com as orientações do Pai João de Benguela o templo foi sendo construído, tendo em cima a loja maçônica e embaixo o templo de Umbanda. 

Em 20 de janeiro de 1942 então é fundado oficialmente o Templo Espiritualista Sol do Oriente, entretanto os estatutos do Templo só foram aprovados em Assembleia no dia 30 de Setembro de 1947 quando então é filiado à União Brasileira de Umbanda com diploma e gozo de todas as garantias Constitucionais. Segundo os estatutos do Templo nada era feito sem autorização do Pai João de Benguela e também ele tinha a palavra final sobre qualquer assunto tanto na Loja quanto no Templo, sendo assim não existia contestação.

Os trabalhos no Templo Espiritualista eram realizados duas vezes por semana onde somente a Tia Zizi, D. Amélia e poucos médiuns trabalhavam incorporados sob a chefia do Pai João de Benguela, incorporado na Tia Zizi. A grande maioria dos médiuns participava da corrente dando firmeza, sem incorporar, mas, mesmo assim, demonstrando muita seriedade e devoção. O Templo consistia em uma área construída onde os atendimentos eram realizados e um espaço de chão batido atrás do Congá ao qual somente alguns médiuns tinham acesso.

Em 24 de junho de 1947 é feito o lançamento da pedra fundamental do templo e toda a construção da loja maçônica é realizada por um arquiteto com a orientação do Pai João de Benguela. A inauguração ocorre em 15 de julho de 1952 funcionando ali desde então, na parte de cima a Loja Sol do Oriente e na parte de baixo o Templo Espiritualista Sol do Oriente.

A SEPARAÇÃO

As duas trabalharam juntas no Templo Sol do Oriente até 1951, quando D. Amélia fundou a “Tenda Espiritualista de Yemanjá” (fundado em 23/06/1951, segundo o site da A.M.E.M) onde trabalhou por três anos sob orientação do Caboclo da Mangueira.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nossa pesquisa buscou focar, principalmente, nas figuras que desenvolveram uma prática religiosa coerente com os ideais que consideramos verdadeiros para a Umbanda. Não são poucos, ainda hoje, os centros que se autodenominam Umbandistas, porém, seguem práticas longe daquelas baseadas na caridade, bondade e compaixão da mensagem original do Caboclo das Sete Encruzilhadas. 

Obviamente outros fenômenos mediúnicos ocorriam na capital paranaense. Uma pesquisa não muito criteriosa em jornais, federações e ocorrências policiais do período dão conta de que centenas de centros praticavam rituais parecidos e até nominados de Umbanda. Não apenas isto, mas também Candomblés, Catimbós e centros Kardecistas começavam a surgir na Curitiba de meados do século XX. 

Ainda, no tocante à Umbanda praticada em Curitiba nos dias atuais, grande é o número dos centros nascidos da dedicação e amor à espiritualidade demonstrada por essas duas mulheres.

Apesar de parecer estranha a ligação tão estreita entre a umbanda do Paraná e a maçonaria, nos foi lembrado que a maçonaria tem três colunas de trabalho: Sabedoria, Força e Beleza e as três colunas da umbanda são: Preto Velho, Caboclo e Criança. E onde elas se unem? A Sabedoria do Preto Velho, a Força do Caboclo e a Beleza da Criança.

Em cada região do país a umbanda foi inserida dentro do contexto social da época. Em Curitiba a maçonaria era a grande força que poderia dar respaldo para o inicio dos trabalhos de forma ampla e sem perseguição policial, pois os grandes nomes da sociedade estavam dentro da maçonaria e esses dentro do Templo Sol do Oriente.

Com relação as incorporações, o que pudemos observar é que naquele período os médiuns afirmavam ser praticamente inconscientes e segundo os relatos todos se dedicavam muito à umbanda. Durante as entrevistas e conversas com o Sr. Ubiratan da Silva (médium do Templo Sol do Oriente da década 80) e a neta da D. Amélia, Sra. Juciema Guiraud Ribeiro, algumas coisas nos marcaram muito e transcrevemos abaixo as frases conforme escutamos:

“A Tia Zizi já fazia alguns anos que não trabalhava mais com o Pai João. Mas tem essa história para os novos umbandistas entenderem o que é ser umbandista e o significado da missão que a gente assume quando a gente entra em um terreiro. Ela já fazia algum tempo que tinha problema nas pernas. Ela nunca andou de muleta, mas ela tinha dificuldade de andar. Ela só andava apoiada. E ninguém conseguia fazer com que ela ficasse em casa. E eu por um bom período, saía do meu trabalho (que o trabalho começava lá às 20h00, e tinha uma pequena indústria em Pinhais e eles moravam na Vila Guaira) ia em casa, nós pegávamos a Tia Zizi, colocávamos em uma cadeira, levávamos ela de cadeirinha até o carro. Colocávamos ela dentro do carro, chegávamos na frente do templo, tirávamos ela da cadeirinha e levávamos ela até dentro do terreiro. E ela ficava lá no cantinho dela, do lado do altar até terminar o trabalho. E quando terminava 00h00 era cedo. Mas ela não abria mão de estar presente.” (Sr. Ubiratan da Silva)

“Duas coisas que aprendi com a minha avó e ela dizia que tudo que ela aprendeu de Umbanda foi com o Caboclo da Mangueira”:

1) “Cobrou fuja, FUJA, não pergunte por que nem nada, simplesmente fuja.” 

2) “Chamou tem que atender, não importa a hora, nem quem e nem aonde. Tem que atender. Precisou, vai.” (Sra. Juciema Guiraud Ribeiro).

Um dos participantes do Templo Sol do Oriente foi o Sr. Edmundo Rodrigues Ferro que, ao sair do Templo, fundou a Tenda São Sebastião, aonde o Pai Fernando de Ogum teve seu primeiro contato com a umbanda e de onde saiu para fundar o Terreiro do Pai Maneco, nossa casa aonde a Umbanda simples ainda é praticada.

 

Pesquisa: Grupo de pesquisa em História da Umbanda no Paraná: Denise Freitas de Oliveira, Caroline Novak, Paulo Braz e Edgar Cavalli Junior. 
Texto: Denise Freitas de Oliveira e Edgar Cavalli Junior 

terça-feira, 23 de abril de 2013

Ogum

Ogum, que minhas palavras e pensamentos cheguem até vós, em forma de prece, e que sejam ouvidas

Que esta prece corra o mundo e o universo, e chegue até os necessitados em forma de conforto para as suas dores.

Que corra os quatro cantos da Terra e chegue aos ouvidos dos meus inimigos, em forma de brado de advertência de um filho de OGUM, que sou e nada temo, pois sei que a covardia não muda o destino.

OGUM, padroeiro dos agricultores e lavradores, fazei com que minhas ações sejam sempre férteis como o trigo que cresce e alimenta a humanidade, nas suas ceias espirituais, para que todos saibam que sou teu filho.

OGUM, Senhor das estradas, fazei de mim um verdadeiro andarilho, que eu seja sempre um fiel seguidor do teu exército, e que nas minhas caminhadas só haja vitórias.

Que, mesmo quando aparentemente derrotado, eu seja um vitorioso, pois nós, os vossos filhos conhecemos a luta, como esta que travo agora, embora sabendo que é só o começo, mas tendo o Senhor como meu pai, minha vitória será certa.

OGUM, meu grande pai e protetor, fazei com que o meu dia de amanhã seja tão bom como o de ontem e hoje, que minhas estradas sejam sempre abertas, que eu trabalhe para que no meu jardim só haja flores, que meus pensamentos sejam sempre bons e que aqueles que me procuram consigam sempre remédios para seus males.

OGUM, vencedor de demandas, que todos aqueles que cruzarem a minha estrada, cruzem com o propósito de engrandecer cada vez mais a Ordem dos Cavaleiros de OGUM.

Pai, daí luz aos meus inimigos, pois eles me perseguem porque vivem nas trevas, e na realidade só perseguem a luz que vós me destes.

Senhor, livrai-me das pragas, das doenças, das pestes, dos olhos-grandes, da inveja, das mentiras e da vaidade que só leva a destruição. E que todos aqueles que ouvirem esta prece, e também aqueles que a tiverem em seu poder, estejam livres das maldades do mundo.
Que em meus caminhos, possa eu seu filho ser merecedor das vossas Bênçãos: a espada que me encoraja, o escudo que me defende e a bandeira que me protege. Meu Pai OGUM, não me deixe cair, não me deixe tombar! PATACURI OGUM! OGUM YÊ, MEU PAI

domingo, 14 de abril de 2013

Quatro aspectos da mediunidade sem instrução


O estudo contínuo dos assuntos relacionados à mediunidade na Umbanda remove dentre seus seguidores dezenas, quiçá centenas, de crendices, costumes e hábitos que têm se mostrado nocivos à própria Religião.  Muitos umbandistas têm uma visão deturpada do que significa o dom mediúnico em suas vidas e dentro dos terreiros. Centenas de adeptos desenvolvem uma mediunidade repleta de entendimento errôneo, suposições equivocadas e vícios comuns a pessoas que pouco, ou quase nenhum, acesso têm à informação. Muitos desses equívocos são provocados justamente pelo desconhecimento. Os maus hábitos acumulam-se ao longo do tempo e transformam-se em vícios que necessitam de tratamento imediato. Os erros acontecem aos montes causando muito desconforto aos Caboclos de Aruanda, que vez por outra precisam intervir para remediar a situação.

A culpa de tais problemas poderia ser atribuída a muita gente: Chefes de Terreiro despreparados, médiuns afoitos ou de pouca instrução, seguidores pouco compromissados com a religião, dirigentes desinteressados e até mesmo Espíritos desencarnados causadores de demandas. A realidade mostra, porém, que a maior causa de todos os problemas que afetam a missão do umbandista é unicamente a falta de estudo. Sem o mínimo conhecimento de tudo o que envolve o mecanismo da mediunidade, assim como em muitos outros aspectos da vida comum, os erros grosseiros e infantis acontecem em profusão. A mediunidade, a partir de uma prática sem base teórica, tende a ser conduzida como um brinquedo nas mãos de infantes.

A mediunidade não é superstição. Partindo da premissa de que deve ser exercitado numa perfeita união entre a Fé e a Sabedoria, o dom mediúnico transforma-se em valioso instrumento de propagação das verdades espirituais. De outra forma, a mediunidade equivocada é conduzida do mesmo jeito como o adivinho faz com as entranhas de um animal. Não há verdades. Tudo é subjetivo e enganoso. Falta ciência e sabedoria.

A mediunidade supersticiosa transforma os Guias Espirituais em oráculos domésticos, onde os mais ínfimos problemas de ordem inferior são levados em conta. Assim, o Preto Velho passa a ser o informante da traição de um marido ou do futuro econômico de um filho carnal. O Caboclo, por sua vez, transforma-se em ajudante fiel dos negócios ou aquele que vai vencer um inimigo de desafeto. Na mesma proporção, o Exu abandona a condição de Guardião e assume o papel de vingador ferrenho, ou um escravo à disposição do médium. A Pomba Gira, sob a mesma ótica, é tida como uma prostituta arrependida e por isso mesmo obrigada a arranjar parceiros para pessoas de moral duvidosa.

A mediunidade não é show pirotécnico onde o que se vê são rápidos e ilusórios lampejos de brilhos multicoloridos. O médium sem instrução transforma o dom em ótimo artifício na exibição de espetaculares manobras que mais chamam a atenção dos curiosos e dos seres trevosos do que dos Espíritos de Luz. Assim, tudo é espantoso e deslumbrante. Todos os gestos do médium em transe são inchados de exageros. Todas as receitas de oferendas são idênticas às listas de um estranho guisado. Os pontos riscados transformam-se numa mandala confusa de desenhos e rabiscos infantis sem fundamento. As brancas vestes sacerdotais assumem a aparência de fantasias carnavalescas em que imperam o luxo, a vaidade e o exibicionismo.

Na mediunidade pirotécnica, vale mais a grosseira presença física do médium do que a suave e discreta participação dos Guias de Luz. O Preto Velho se esconde, o Caboclo se afasta, o Exu ri do fanfarrão e o médium se exibe. Neste tipo de condução da mediunidade há uma completa falta de força espiritual, pois a carne assume todas as funções do medianeiro e o animismo, a mistificação e a charlatanice estão em primeira linha.

Entre tantas formas de se exercitar a mediunidade há também a que leva em conta a ascensão social do médium. É a mediunidade interesseira.

A mediunidade interesseira é aquela em que as reais intenções do indivíduo são quase desconhecidas. Há muitos interesses em jogo, e o principal é o de “subir” na vida. O médium intenciona ser aplaudido, então usa a mediunidade para chamar a atenção da platéia. O médium quer obter dinheiro de forma menos trabalhosa, então comercializa o dom. Se tem interesse em reconhecimento público, então transforma a mediunidade em degrau para a subida aos palanques políticos, aos palcos da mídia e aos púlpitos das câmaras e agremiações. Tal como o médium pirotécnico, o médium interesseiro quer aparecer, mas com o fim certo de obter algum rendimento financeiro.

Nesse tipo de mediunidade, o indivíduo não se envergonha ao “pedir” o pagamento pelo serviço prestado. Seu rosto não enrubesce quando dita o valor daquilo que vergonhosamente chama de caridade. Se precisar usar uma máscara, certamente o fará. Mas, em seu tempo, lançará por terra a fantasia e mostrará sua verdadeira e tenebrosa face. Como o lobo entre os cordeiros.

A mediunidade ignorante é exercida pelos que verdadeiramente têm grande aversão ao estudo e à meditação. Nessa modalidade, o médium conscientemente classifica o estudo contínuo como algo desnecessário. Acredita que somente as instruções dos Caboclos já são suficientes para que ele seja um grande instrumento da Comunidade Espiritual. A leitura, a pesquisa e o conhecimento dos mecanismos mediúnicos são coisas sem importância na visão dos ignorantes.
Neste caso, o médium não se importa em cometer diversos absurdos em nome de Deus, pois não há o conhecimento do que realmente é a vontade divina. Fala, mesmo usando conversações aparentemente profundas, do mesmo jeito como discursa um simples camponês acerca do universo astronômico. Age sempre de forma impensada, ainda que com a maior boa vontade. Suas ações são completamente sem método, critério ou planejamento. Tem uma visão do mundo espiritual como seus antepassados que outrora atribuíam ao relâmpago um castigo dos deuses ou aos abalos sísmicos uma demonstração da ira divina. Na mediunidade ignorante quanto menos se estuda, mais se erra.

Ser instrumento da Espiritualidade Maior é uma benção recebida por muitos. Porém, como qualquer instrumento necessita de um aprimoramento e de ajustes constantes, assim é o médium de Umbanda a serviço dos Caboclos e Pretos Velhos.

Não basta ter mediunidade. Mas, é importante que esta seja útil aos interesses do Criador, pois todo médium é um depositário da confiança de Deus. Para ser útil, a mediunidade tem que estar firmada nas instruções que vêm do Alto.

Bom seria se todos os médiuns aplicassem a sabedoria e o conhecimento no aperfeiçoamento da mediunidade e se o estudo continuado fosse uma prerrogativa para um perfeito ministério mediúnico.

domingo, 7 de abril de 2013

Fracasso do Médium


Esses são assuntos dos quais todos se escusam de falar, ou de escrever, e quando o fazem, é por alto e indiretamente.

Vamos abordar o assunto de maneira mais clara possível, a fim de levar um alerta a todos os nossos irmãos umbandistas, principalmente àqueles que estão predispostos a caírem nesses erros, visto termos esperanças de que essa advertência venha trazer luz em cada espírito, e ainda possa chegar a tempo de cada um recuar para a sua regeneração.

Não queremos, de maneira nenhuma, nos arvorarmos de juízes das causas alheias, visto termos também nosso débitos com o astral superior, mas sim, após anos de trabalho, termos observados médiuns fracassando ou caindo, incorrendo em erros elementares e, para se reabilitarem, continuando na prática de suas mazelas, culminando em suas quedas, muitas vezes sem retorno.

Temos observado que a maioria desses médiuns vivem um tormento interior, como labaredas de fogo a queimar-lhes a consciência, e eles não têm forças para se reerguerem, visto estarem presos nas garras dos marginais do baixo astral e dificilmente conseguem se libertar de suas mazelas e, ainda por cima, sendo alertados pelos seus Guias Espirituais constantemente, nada fazendo para se libertarem das garras desses magos negros, por estarem atolados até o pescoço no pantanal da ignorância do astral inferior, pois também estão contribuindo, e muito, não mantendo uma vida ilibada e com moral.

Isso acontece devido à lei de atração, onde semelhante atrai semelhante.

Os quiumbas já se deram conta de que esses médiuns estão praticando atos que são de comum acordo com a confusão que rege os reinos inferiores, fazendo assim com que surja um casamento fluídico médium/quiumba, pois os dois estão em sintonia vibratória.

É muito difícil se libertar de um quiumba, ainda mais quando nós fomos a causa da aproximação desse quiumba por atração fluídica.
E quando esse casamento fluídico perdura por anos a fio, o sistema neuro- psíquico-mediúnico torna-se denegrido, fazendo com que os seus Guias Espirituais não tenham condição de aproximar-se, pelo fato de não haver mais simbiose espiritual entre médium e Guia Espiritual.

O caso mais grave é quando os Guias Espirituais se afastam devido às causas morais, e o médium, mesmo com os alertas, prefere continuar em seus erros, ou seja, não existe renúncia e nem remorso por parte do médium, preferindo esse continuar a sua caminhada, incorrendo nas mesmas causas que o levaram para o astral inferior.

Só existe um meio de se libertar, e esse meio só o médium pode realizar, pois não terá ajuda direta a não ser subsídios, conselhos, orientações, para assim por si só se reerguer, fazendo com que o seu sistema mediúnico-espiritual se eleve novamente e entre em contato com os planos superiores.

Será necessária uma intensa reforma íntima, acrescida de renúncia dos erros passados, muita oração e prática dos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, principalmente na realização da caridade desmedida e constante.

Para nos situarmos, vamos abordar três aspectos principais, pelos quais o médium se precipita nos abismos da queda mediúnica.
Embora não podemos nos esquecer dos demais erros e vícios tão divulgados pelos Guias Espirituais, os quais devemos estar em alerta para não adquiri-los.

• A vaidade excessiva, que causa o entusiasmo, por nos sentirmos especiais em tudo o que realizamos, abrindo os canais mediúnicos a toda sorte de influência negativa.

• A ambição pelo dinheiro fácil, que vem através dos agrados que recebemos devido a um bem efetuado a alguém, ou por algum trabalho realizado, fazendo com que o médium veja a facilidade de adquirir bens materiais em troca de favores espirituais.

Em decorrência disso, existe a possibilidade de crescer no interior do médium a ambição, fazendo com que cada vez mais faça cobranças em tudo e por tudo.

• A condição sexual incontida, que lhe tira a razão, pelo fato de ser uma das energias mais poderosas existentes no plano terrestre, e ser uma energia geradora, criativa, e recheada de desejo.

O que acontece é que começa a existir interesses vários, onde o desejo e a sensualidade tomam a frente, quando o fascínio existente pelo sacerdote toma um rumo diferente do que devia ser.

O mesmo acontece com o corpo mediúnico, ou fora do Templo, onde começa a existir outros interesses que não seja a fraternidade, ou o puro sentimento.

No caso da vaidade excessiva, tem seu início na prática mediúnica. Quem tem o dom mediúnico o traz de berço, pois adquiriu através de sucessivas encarnações o direito de externar, por herança, os dons de Deus.

Em certa altura da sua vida, a mediunidade começa a aflorar, e eis que surge o Caboclo, o Preto-Velho, o Baiano, o Boiadeiro, e assim por diante.

Com o desenvolver da mediunidade, começam a surgir os fenômenos tais como curas, descarregos, aconselhamentos certeiros, conhecimentos irrefutáveis; e são tantos os casos positivos trazidos pelos Guias Espirituais, que se dá o início ao surgimento da vaidade no médium.

Esse se acha possuidor de todos esses conhecimentos e não mais o Guia Espiritual.

Também existe o caso do médium achar que o seu Guia Espiritual é o mais poderoso.

São tantos os casos positivos que acontecem em volta desse médium, que em torno do mesmo forma-se uma corrente de admiração e, muitas vezes, de fanatismo também.

As pessoas em torno desse médium, diante de tudo o que vêem, começam a bajulá-lo, a agradá-lo com presentes e com isso vão inconscientemente incentivando a sua vaidade.

Isso acontece com o médium, muitas vezes, pelo fato do mesmo ser ignorante de conhecimento, e algumas vezes se recusa a estudar o mediunismo, suas causas e conseqüências.

O Guia Espiritual do médium faz de tudo para alertá-lo das conseqüências dos seus atos (respeitando o seu livre-arbítrio), através de sinais, alertas, conselhos, intuições, etc.

Mas, como o médium está predisposto a vaidade, deixa de escutar o seu Guia Espiritual, e chega ao ponto de se julgar o tal, um mestre, um escolhido, um mago, um semi-deus, e que a força é dele, chegando a pensar que é propriedade sua.

O médium vai crescendo em vaidade, devido às pessoas o respeitar e acatá-lo em respeitoso silêncio, sem questionar, e aí vai crescendo as exibições mediúnicas.

O que acontece nessa altura é que o médium já perdeu o contato mediúnico de fato, exercendo tão somente o animismo.

O grave é quando o médium está mediunizado por um quiumba; aí sim é a queda total dele e dos que estão a sua volta.

As portas da sua mediunidade estão abertas às influências negativas e toda sorte de manifestações magísticas destrutivas.

Com o tempo, o médium vai se acostumando com os fluidos dos quiumbas, e não quer perder o cartaz por nada nesse mundo.

Porém, os fenômenos antes efetuados por manifestações mediúnicas positivas, não mais acontecem, e as pessoas ao seu redor já começam a olhá-lo com certo desprezo e se afastam, fazendo todo o tipo de comentário negativo, embora num passado tenham se beneficiado desse médium.

O médium que se entregou à vaidade excessiva se torna um sofredor, pois começa a perceber que para incorporar já começa a ter que representar e o tormento toma conta de sua cabeça.

Aí entra a descrença, que é o golpe fatal para a sua pessoa.

No caso da ambição pelo dinheiro fácil, devemos diferenciar o médium que cai pelo dinheiro fácil e os que podemos incluir aos milhares, que são os espertalhões, que usam o nome da Umbanda e de suas entidades a fim de explorarem a ingenuidade das pessoas de todas as maneiras.

Esses (espertalhões) são bem reconhecidos, pois seus “terreiros” são vistosos, com roupas multicoloridas, uma grande profusão de “guias” no pescoço e outros adornos que sabemos serem desnecessários em nossos cultos.

Vivem e fazem de tudo um ganho, seja em dinheiro ou facilidades na vida.

Costumam fazer festas por quaisquer motivos, todas regadas a excentricidades no visual, muita bebida alcoólica e carnes, muitas vezes, levando essas festas religiosas em ambientes profanos, a fim de angariarem um grande número de admiradores e outros tantos que gostam de se apresentarem e se mostrarem em público a fim de terem reconhecimento.

Tudo nesse ambiente é movimento, encenação, panorama e desfile.
Por ali, tudo se paga.

Desde uma consulta, até os tais despachos e ebós.

Até a famosa camarinha, onde vêem mediunidade em todos; e aja firmar “santo” na cabeça das pessoas.

São antros de exploração, que chafurdam o nome sagrado da Umbanda, a pecha de grupo folclórico, a atenderem seus mais mesquinhos interesses.

São verdadeiras arapucas, onde tudo é duvidoso.

Dentro da Umbanda, é sabido que a prática da magia branca faz parte, como um recurso Divino, para atender a necessidade prementes de seus filhos.

Para a feitura de algumas magias, há necessidade de certos materiais, que corretamente devem ser adquiridos pela pessoa beneficiada.

Muitas vezes, no caso de um consulente sem condições, damos o que temos.

Quando realmente há necessidade dessa magia, os nossos Guias Espirituais pedem o material necessário à pessoa, sem grandes desmandos, satisfazendo a “Lei de Salva”.

Tudo o que é manipulado pelas nossas entidades espirituais costumam sempre dar certo, pois tem o discernimento necessário para saberem o que necessitamos.

Disso tudo surge um grave problema, pelo fato das pessoas que perambulam pelos “terreiros” encontrarem uma grande facilidade, achando que é só fazerem um trabalhinho para resolverem a sua vida.
Grande ignorância, quem assim pensa.

Temos que nos reformar interiormente, seguindo os passos e os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Antigamente, devido à má informação e formação de sacerdotes e médiuns conscientes da realidade espiritual, muitos faziam do “despacho” ou de “tais trabalhinhos” uma panacéia para tudo.

Era só ter um probleminha ou problemão, seja ele qual for que imediatamente tinha um despacho para resolver tal questão.

E haja despacho pra tudo.

Tudo era resolvido no despacho.

E hoje a coisa somente mudou de nome.

Trocou-se o nome despacho para magia.

Tem magia pra tudo.

É só ter um probleminha ou um problemão, seja ele qual for que imediatamente acha- se uma magia para resolver tal questão. Pode?
Quero ver alguém encontrar um despacho ou magia para despertar nossa fé, nosso amor, nossa devoção, magia para ser bondoso, caridoso, humilde.

Magia para se efetuar reforma íntima, para perdão.

Magia para se espiritualizar, ter moral, ter vida ilibada. Não vêem que essas tais magias é tão somente para coisas matérias?

Para facilitar a vida material?

Não vêem que muitas dessas magias são utilizadas em momentos de revoltas, demandas, ódios, retorno.

E até (pasmem): “clonar” espíritos.

Infelizmente, é fato real, que na Umbanda estão aparecendo muito mais “magos” e “mestres”, do que servidores agradecidos, somente interessados em servir a espiritualidade, tudo fazendo para a honra e a glória de Deus.

É muito cacique pra pouco índio.

No começo, o médium obedece tão somente o que suas entidades espirituais pedem para a realização de uma magia.

Com o tempo, esse médium começa a observar e pensa seriamente na facilidade do dinheiro.

Então, ele entra na “Lei de Salva”, tão conhecida pelos magistas, e abusa dessa lei em benefício próprio.

Aí começou a imperar nesse médium a ambição pelo ganho fácil, quando começa a exceder na “Lei de Salva” (dentro da magia), dando a desculpa que necessita do dinheiro para o seu anjo da guarda, para o cambono, ou para “pagar o chão”.

Concordamos que deva haver uma remuneração suficiente para o médium adquirir materiais necessários que consta de certo número de velas, elementos da Natureza, ou mesmo uma certa quantia de dinheiro suficiente para que o médium que realizou o trabalho possa utilizar esse dinheiro para a sua locomoção, ou mesmo comprar materiais necessários à manutenção da sua vida espiritual, e nunca para sustentar seus vícios e luxos.

Geralmente, pedimos ao interessado o material necessário à feitura da magia e juntamente uma pequena quantidade de velas ou outros materiais necessários utilizados no Templo.

Quanto à locomoção, pedimos gentilmente ao interessado que nos forneça uma condução.

Quando o interessado esta passando por dificuldades financeiras que impedem a compra dos materiais para a feitura da magia, doamos de bom grado o que temos.

Jamais aceitamos dinheiro como paga ou mesmo agrado; Se houver interesse da pessoa em doar alguma coisa, que faça espontaneamente ao Templo ou a alguma entidade assistencialista, e não ao médium.

As pessoas, pelo fato de quererem uma melhoria de vida em todos os sentidos, pagam o que for para que seus problemas sejam resolvidos.

Aí está o perigo.

Em primeiro lugar, devemos esclarecer que magia só deve ser usada quando a pessoa não tem competência momentânea para resolver seus problemas.

Nesse momento, fazemos uso da magia para levantar essa pessoa.
Depois do problema urgente resolvido, vamos para a reeducação da pessoa, reforma íntima, com conselhos, e tudo ordenado dentro de um conhecimento elevado, principalmente no Evangelho de Jesus.

Nesse momento, o médium, já começando a fazer trabalhos por conta própria e tudo, geralmente direcionado com Exu e Pomba Gira, vai utilizando materiais cada vez mais pesados (sangue, carnes, ossos, etc.), chafurdando tanto ele como a pessoa beneficiada, incorrendo aí no risco de criar ligações perigosas com o que de mais baixo existe no astral inferior.

Quando esses ditos trabalhinhos saem da linha justa da magia, até Exu e Pomba Gira se afastam do médium.

O seu Guia Espiritual, como é de praxe, já o alertou várias vezes e ele não deu ouvidos, pois o dinheiro está entrando que é uma beleza.

Por ele estar cego e surdo, não ouve a ninguém e, aí, o seu Guia respeita a sua escolha, pois é sabedor da lei do livre-arbítrio.

Quando numa necessidade verdadeira, esse médium clama por seu Guia Espiritual, aí ele vê que não tem resposta, fica abalado.

Começa a perceber que o que está à volta dele são verdadeiros e poderosos quiumbas.

Esse médium começa a fazer tudo o que pode e sabe para o seu Guia voltar, e nada.
Mesmo assim, não larga do dinheiro fácil, pois está afundado na ignorância espiritual, quando percebe que esse dinheiro é um dinheiro maldito, pois as conseqüências são nefastas.
O fim de todos eles é muito triste.
Entram nos vícios, falta de emprego, perdem tudo o que tinham na vida, pois os Sagrados Orixás os Guias Espirituais e os Guardiões não acobertam erros de ninguém; esses médiuns se desiludem com a religião, culpando-a dos seus problemas e, perdendo sua fé na Umbanda, vão a procura de outras religiões, a fim de se refazerem da desgraça que adquiriram em suas vidas.
Mas mesmo assim, devido à soberbia, não assumem seus erros e culpam a um pretenso demônio, o qual desgraçou sua vida, pois estavam na religião errada, sob a influência desse demônio que dirigia aquela religião.
Geralmente acabam virando ex-pais, ex-mães e ex-filhos de encosto, o que não deixa de ser verdade, pois esses médiuns nunca serviram a Deus, aos Orixás e nem aos Guias Espirituais e Guardiões verdadeiros, mas sim, a encostos.
Deviam sim, observarem que Deus lhes deu uma oportunidade bendita e redentora na prática da caridade desmedida através da mediunidade redentora, e eles, por ignorância e muitas vezes maldade, praticaram os atos mais absurdos, tudo em nome da Umbanda.

Não se esqueçam que somos espíritos endividados, que estamos encarnados todos sob a pele do cordeiro (que é o nosso corpo).
Todos têm a mesma oportunidade para se erguerem, mas não temos condições de observarmos quem é quem; aí que cada um semeie bem, pois Jesus disse:
“A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória”, “e cada um vai colher aquilo que plantou”.
“Quem semeia somos nós, mas quem colhe é Deus Pai Todo Poderoso”.
O terceiro e último caso é o sexo fácil.
Esse é um dos aspectos mais críticos e perigosos, e um dos mais difíceis de ser perdoado.
Temos visto, em nossa caminhada pela Umbanda, vários médiuns caírem pelo sexo.
Inclusive atualmente, médiuns “famosos”, casados, utilizando-se de sua influência e aproveitando a carência afetiva de algumas irmãs iludidas por acharem que estão sendo “amadas” por alguém “iluminado” (os famosos semi-deuses, mestre, magos ou orixás encarnados), forçam uma situação, e aproveitam-se sentimentalmente e sexualmente, satisfazendo seus sórdidos desejos.

Esses casos são difíceis de serem perdoados, porque a moral do médium fica na lama em que ele mesmo se sujou.
Por mais que tente, nunca vai conseguir apagar a lembrança dos atos cometidos e sempre vai ter alguém a lembrá-lo de sua queda, pois iludiram, enganaram e usaram pessoas desequilibradas em seus sentimentos.

É uma mancha que, mesmo que nos reabilitemos, nunca será apagada.
Devido aos envolvimentos existentes com bajulações e fanatismo, ele constantemente é endeusado.
Daí, para receber elogios do sexo oposto (ou do mesmo sexo) fica visado, e tem a propensão para se deixar fascinar, quando se vê numa pessoa muito apessoada.

Quando trabalhamos na luz, constantemente somos combatidos pelo baixo astral, que envia todas as formas existentes, principalmente em nossas fraquezas, para que caiamos.
Lembre-se de Jesus: “Orai e vigiai, para não cairdes em tentação”.
Logo, quando o baixo astral vê uma brecha, e essa brecha é uma forte predisposição sexual, é aí que eles vêem a oportunidade de atacá-lo.

Lançam mão de todos os recursos, até conseguirem seus objetivos.
O médium que está desavisado, por ignorância espiritual, ou mesmo por ter o espírito doente, cai nas malhas do baixo astral, e se entrega ao sexo desmedido dentro do ambiente religioso.
Como temos dito, o médium é constantemente avisado pelos seus Guias Espirituais sobre todos os aspectos que o cercam.
Estão sempre vigilantes, mas acontece que esse médium, usando de seu livre- arbítrio, já dentro de uma incontida predisposição ao sexo, cai e vira as costas à moral, repelindo automaticamente toda influência benéfica que poderia tirá-lo de sua caída.
Tanto pela forte incontinência sexual, como por uma sexualidade irrefreável com os médiuns do “terreiro”, não há desculpas.
A caída do médium, pelo fato de se relacionar sem moral com os médiuns do “terreiro”, ocasiona seu fracasso, e nesse caso não há desculpas.

Quando o médium começa a sofrer as conseqüências do seu ato insano, vai à procura de Guias Espirituais de outros médiuns, a fim de resolverem seus problemas.
O Guia Espiritual, como é sabedor da questão, diz que: “em surra de Guia, eu não ponho a mão” ou “quando Caboclo bate, não reparte pancada”.

E haja punição.

Após algumas disciplinas necessárias, alguns desses médiuns se emendam, ficam com medo, e procuram não mais errar, e se voltam às linhas justas dos trabalhos espirituais.
Porém, a maior parte desses médiuns, mesmo passando por uma disciplina, não se emendam e continuam praticar os mesmos atos, como se nada houvesse acontecido e infelizmente acabam denegrindo a imagem de suas vitimas, geralmente dizendo que eles é que estavam sendo seduzidos por uma pessoa inescrupulosa e que essa pessoa é uma servidora das trevas para destruí-lo.
Então os Guias Espirituais vêem que não há mais jeito, e se afastam do médium, deixando-o a mercê da sua própria sorte.
Uma coisa é verdade. Nenhum desses médiuns fracassados ficou com o seu Guia Espiritual em sua guarda, pois erraram e persistiram no erro.

O que acontece muito é que esses médiuns costumam dar a desculpa que estão com uma demanda em cima deles, muito forte.
A força de pemba é tão grande em cima desses médiuns, que rapidamente fazem com que percam sua fé na Umbanda, e o redirecionam a outra religião, pois aqui não souberam sorver a Espiritualidade Superior emanada de nossos Guias Espirituais.
Creio que todos tenham entendido bem tudo o que aqui está escrito, e compreenderam bem, pois não é o erro em si, porque errar é humano e todos podemos errar um dia.

A questão é cometer o mesmo erro, é persistir nos mesmos erros.
Os nossos Guias Espirituais não são carrascos, mas não podem acobertar nossos erros, e nem a repetição dos mesmos.
Outro fato, até corriqueiro no meio Umbandista é quando temos pessoas ao nosso lado, dizendo serem nossas amigas, e quando, por qualquer motivo se afastam de nós, acabam tornando-se “inimigas” e a partir daí, tudo o que acontece de ruim na vida daquela pessoa é por força de demanda.
A mínima dor de cabeça, falta de dinheiro, mal estar, sempre será culpa do outro médium ou do outro terreiro que esta demandando com ele, querendo destruí-lo.

Inclusive, acontece também o fato de que outras pessoas que também se afastaram daquele terreiro, achegando-se àquela pessoa, através de comentários e fofocas, com suas mentes conturbadas acabam sendo alertadas por aquele individuo que estão com uma demanda, também mandada por aquele terreiro e assim a corrente da discórdia e das mentiras vai crescendo assustadoramente.
O baixo astral, astuto e inteligente, apossa-se desses médiuns incautos e através de persuasão mental acabam convencendo-os da realidade das demandas, inclusive fazendo até “vários videntes” verem a demanda sendo feita.

Com isso, o médium incauto acaba realizando magias defensivas e ofensivas, cometendo injustiça e ai sim, caindo de vez nas malhas do baixo astral que sai vitorioso.
O baixo astral é ardiloso e faz tudo para convencer as pessoas, utilizando todos os meios a fim de convencê-la, para que acredite estar sendo prejudicada por outros.
A coisa é grave, pois esses médiuns incautos ainda não aprenderam o Evangelho, o amor, a bondade, o perdão e a fé.
Quem é sabedor da Lei da Causa e Efeito e da Lei do Retorno, jamais deveria levantar sua mão contra ninguém, pois teria a certeza de que a providência Divina estaria do seu lado.'

segunda-feira, 18 de março de 2013

Equilibrio Espiritual

Num templo de Umbanda, nada acontece por acaso, ou melhor na vida uma folha não cai sem que o pai conceda a licença, mas em lugares de reforma íntima como igrajas, templos, sinagogas e etc. è mais nítida sua percepção e o ensinamento que Deus nos quis mostrar com aquele acontecimento.


A harmonia é essencial para que um trabalho espiritual possa fluir normalmente, alguns médiuns tem a prática da meditação, outros de orações repetitivas, outros de concentração, mantras, banhos de errvas entre outras técnicas para se harmonizar, para poder ter um contato mais rápido e mais nítido com sua entidades, mas infelizmente outros médiuns, não respeitam essa lei ou técnicas, chegam estressados, e despreparados para entrar em contato com energias sublimes, nesses casos o médiuns não está compátivel com as energias que ciscundam o templo é há um choque energético, choque este que causa "faíscas", essa faíscas, são desentendimentos com outros méduns que naquele dia estão preparados para tal tarefa.
Vejam por exemplo, o médiuns está numa vibração positivam junto com o templo, pois este se preparou para estar ali, enquanto o médium despreparado está com seu pólo negativo ativo, ao chegar no teplo sente-se que aquele mádum não está se compatibilizando com as energias emanadaspor médiuns preparados.
A preparação mediúnica independe de tempo ou tarimba, dependesim da boa vontade do médium, saebe que no mundo que vivemos é díficil para o médium chegar antes no templo para fazer tais técnicas, mas apenas 5 minutos de concentração já ajudaria muito, mas na maioria dos casos o que acontece é falta de vontade do médium.
Alguns médiuns alegam que independe de sua conduta e conhecimento o trabalho da entidade mas digo que isso é Mentira, pois como pode-se celar um cavalo que não sabe cavalgar, isto é, a entidade merece que seu médium tenha conhecimento, pois fica mais fácil seu trabalho.

Bem segue abaixo um texto muito interessante sobre este assunto.

"Espíritos acomodados, assim como um animal acuado, tendem a atacar coisas que não lhes são familiares, porque isso ameaça sua comodidade. A situação ainda piora quando esse defende alguma filosofia, ideais ultrapassados ou obscuros, então o orgulho não lhes permite admitir o erro. Não tente lhes apontar este fato, porque não vão entender, e vão te atacar ainda mais. Não perca tempo com discussões. Procure analisar tudo isso de uma forma humoradaÉ bobeira acatar as ofensas, a pessoa deve ter a frieza de acolher a ofensa sem se deixar dominar por sentimentos baixos; raiva, ódio, vingança, para que não se contamine.A pessoa que se sente impelida a revidar a uma agressão, prova que ainda dá muita importância para opiniões alheias. Se você não tem aquele mal dentro de si, então pra que dar bola!Seja mais tolerante, aproveite essas situações para eliminar o ego, não seja infantil.Jesus ouviu muitos insultos, seu espírito não acatou nenhum. Se você sabe que não possui aquele mal dentro de si, porque então dar credito ao que foi dito. O ignorante fala sem pensar ou por impulso, discutir é acatar o que foi dito, é quando a ‘carapuça serve’. Então você descobre ai o que precisa ser trabalhado dentro de ti.Quando uma pessoa se empenha na busca espiritual, muito maus podem surgir para serem queimados, seja firme e quando olhar para traz, verá que percorreu uma distancia enorme onde os insultos de antanho não mais lhe afetarão.Ao passear por um jardim e ser picado por um espinho de uma roseira, o erro é teu, nada adianta arranca-la ou pisoteá-la.Aja como um espírito que é o que você é. Ao receber uma ofensa, não se rebaixe para discutir como matéria.


Feche seu coração para o que é imperfeito, ao revidar uma ofensa ou agressão, discutindo, brigando, você abre seu coração interagindo com o imperfeito, e essas coisas vão sair e entrar nele, sintonizando-o com o agressor que a esse ponto já pode ser você mesmo. Se teu coração não é puro, não é assim, colocando essas impurezas pra fora que você vai se ver livre delas, isso alimentará teu ego apenas, o que sufocará ainda mais teu espírito.Teu coração potencializa tudo que há dentro dele, e o que você alimenta.Se ele não é puro, purifique-o acrescentando coisas boas (o que se consegue estudando e praticando espiritualismo) Como um copo cheio de água suja, se você abre uma torneira encima dele, aos poucos a água que há nele irá se tornando limpa e cristalina. O que tem em seu coração é como a água do copo, ele ficará limpo de acordo com a água (estudos e pratica espirituais) que entra, quanto maior o fluxo dessa água, melhor. E um dia você terá um coração tão puro e transparente como a água. Sendo transparente nada encobrirá a Luz que há nele permitindo que seus raios atinjam outros corações."


- Buda Sakya Muni (o sutra do diamante)