segunda-feira, 18 de março de 2013

Equilibrio Espiritual

Num templo de Umbanda, nada acontece por acaso, ou melhor na vida uma folha não cai sem que o pai conceda a licença, mas em lugares de reforma íntima como igrajas, templos, sinagogas e etc. è mais nítida sua percepção e o ensinamento que Deus nos quis mostrar com aquele acontecimento.


A harmonia é essencial para que um trabalho espiritual possa fluir normalmente, alguns médiuns tem a prática da meditação, outros de orações repetitivas, outros de concentração, mantras, banhos de errvas entre outras técnicas para se harmonizar, para poder ter um contato mais rápido e mais nítido com sua entidades, mas infelizmente outros médiuns, não respeitam essa lei ou técnicas, chegam estressados, e despreparados para entrar em contato com energias sublimes, nesses casos o médiuns não está compátivel com as energias que ciscundam o templo é há um choque energético, choque este que causa "faíscas", essa faíscas, são desentendimentos com outros méduns que naquele dia estão preparados para tal tarefa.
Vejam por exemplo, o médiuns está numa vibração positivam junto com o templo, pois este se preparou para estar ali, enquanto o médium despreparado está com seu pólo negativo ativo, ao chegar no teplo sente-se que aquele mádum não está se compatibilizando com as energias emanadaspor médiuns preparados.
A preparação mediúnica independe de tempo ou tarimba, dependesim da boa vontade do médium, saebe que no mundo que vivemos é díficil para o médium chegar antes no templo para fazer tais técnicas, mas apenas 5 minutos de concentração já ajudaria muito, mas na maioria dos casos o que acontece é falta de vontade do médium.
Alguns médiuns alegam que independe de sua conduta e conhecimento o trabalho da entidade mas digo que isso é Mentira, pois como pode-se celar um cavalo que não sabe cavalgar, isto é, a entidade merece que seu médium tenha conhecimento, pois fica mais fácil seu trabalho.

Bem segue abaixo um texto muito interessante sobre este assunto.

"Espíritos acomodados, assim como um animal acuado, tendem a atacar coisas que não lhes são familiares, porque isso ameaça sua comodidade. A situação ainda piora quando esse defende alguma filosofia, ideais ultrapassados ou obscuros, então o orgulho não lhes permite admitir o erro. Não tente lhes apontar este fato, porque não vão entender, e vão te atacar ainda mais. Não perca tempo com discussões. Procure analisar tudo isso de uma forma humoradaÉ bobeira acatar as ofensas, a pessoa deve ter a frieza de acolher a ofensa sem se deixar dominar por sentimentos baixos; raiva, ódio, vingança, para que não se contamine.A pessoa que se sente impelida a revidar a uma agressão, prova que ainda dá muita importância para opiniões alheias. Se você não tem aquele mal dentro de si, então pra que dar bola!Seja mais tolerante, aproveite essas situações para eliminar o ego, não seja infantil.Jesus ouviu muitos insultos, seu espírito não acatou nenhum. Se você sabe que não possui aquele mal dentro de si, porque então dar credito ao que foi dito. O ignorante fala sem pensar ou por impulso, discutir é acatar o que foi dito, é quando a ‘carapuça serve’. Então você descobre ai o que precisa ser trabalhado dentro de ti.Quando uma pessoa se empenha na busca espiritual, muito maus podem surgir para serem queimados, seja firme e quando olhar para traz, verá que percorreu uma distancia enorme onde os insultos de antanho não mais lhe afetarão.Ao passear por um jardim e ser picado por um espinho de uma roseira, o erro é teu, nada adianta arranca-la ou pisoteá-la.Aja como um espírito que é o que você é. Ao receber uma ofensa, não se rebaixe para discutir como matéria.


Feche seu coração para o que é imperfeito, ao revidar uma ofensa ou agressão, discutindo, brigando, você abre seu coração interagindo com o imperfeito, e essas coisas vão sair e entrar nele, sintonizando-o com o agressor que a esse ponto já pode ser você mesmo. Se teu coração não é puro, não é assim, colocando essas impurezas pra fora que você vai se ver livre delas, isso alimentará teu ego apenas, o que sufocará ainda mais teu espírito.Teu coração potencializa tudo que há dentro dele, e o que você alimenta.Se ele não é puro, purifique-o acrescentando coisas boas (o que se consegue estudando e praticando espiritualismo) Como um copo cheio de água suja, se você abre uma torneira encima dele, aos poucos a água que há nele irá se tornando limpa e cristalina. O que tem em seu coração é como a água do copo, ele ficará limpo de acordo com a água (estudos e pratica espirituais) que entra, quanto maior o fluxo dessa água, melhor. E um dia você terá um coração tão puro e transparente como a água. Sendo transparente nada encobrirá a Luz que há nele permitindo que seus raios atinjam outros corações."


- Buda Sakya Muni (o sutra do diamante)

sábado, 16 de março de 2013

Ogum Xoroquê

Ogum Xoroquê sem dúvidas é dentro do Povo de Ogum a entidade que mais chama atenção, por ser dúbia, ter dois lados, um lado ser Ogum e do outro ser Exu. Esta forma quer dizer não que o orixá tem duas faces e sim que trabalha em dois pólos energéticos tanto positivo como negativo.

Divindade masculina figura que se repete em todas as formas mais conhecidas da mitologia universal. Ogum é o arquétipo do guerreiro. Bastante cultuado no Brasil, especialmente por ser associado à luta, à conquista, é a figura do astral que, depois de Exu, está mais próxima dos seres humanos. Foi uma das primeiras figuras do candomblé incorporada por outros cultos, notadamente pela Umbanda, onde é muito popular.

Tem sincretismo com São Jorge ou com Santo Antônio, tradicionais guerreiros dos mitos católicos, também lutadores, destemidos e cheios de iniciativa.
A relação de Ogum com os militares (é considerado o protetor de todos os guerreiros) tanto vem do sincretismo realizado com São Jorge, sempre associado às forças armadas, como da sua figura de comandante supremo ioruba. Dizem as lendas que se alguém, em meio a uma batalha, repetir determinadas palavras (que são do conhecimento apenas dos iniciados), Ogum aparece imediatamente em socorro daquele que o evocou.

Porém, elas (as palavras) não podem ser usadas em outras circunstâncias, pois, tendo excitado a fúria por sangue do Orixá, detonaram um processo violento e incontrolável; se não encontrar inimigos diante de si após te sido evocado, Ogum se lançará imediatamente contra quem o chamou.

Ogum não era, segundo as lendas, figura que se preocupasse com a administração do reino de seu pai, Odudua; ele não gostava de ficar quieto no palácio, dava voltas sem conseguir ficar parado, arrumava romances com todas as moças da região e brigas com seus namorados.

Não se interessava pelo exercício do poder já conquistado, por que fosse a independência a ele garantida nessa função pelo próprio pai, mas sim pela luta. Ogum, portanto, é aquele que gosta de iniciar as conquistas mas não sente prazer em descansar sobre os resultados delas, ao mesmo tempo é figura imparcial, com a capacidade de calmamente exercer (executar) a justiça ditada por Xangô. É muito mais paixão do que razão: aos amigos, tudo, inclusive o doloroso perdão: aos inimigos, a cólera mais implacável, a sanha destruidora mais forte.

Segundo as pesquisas de Monique Augras, na África, Ogum é o deus do ferro, a divindade que brande a espada e forja o ferro, transformando-o no instrumento de luta. Assim seu poder vai-se expandindo para além da luta, sendo o padroeiro de todos os que manejam ferramentas: ferreiros, barbeiros, tatuadores, e, hoje em dia, mecânicos, motoristas de caminhões e maquinistas de trem. É, por extensão o Orixá que cuida dos conhecimentos práticos, sendo o patrono da tecnologia. Do conhecimento da guerra para o da prática: tal conexão continua válida para nós, pois também na sociedade ocidental a maior parte das inovações tecnológicas vem justamente das pesquisas armamentistas, sendo posteriormente incorporada à produção de objetos de consumo civil, o que é particularmente notável na industria automobilística, de computação e da aviação.

Assim, Ogum não é apenas o que abre as picadas na matas e derrota os exércitos inimigos; é também aquele que abre os caminhos para a implantação de uma estrada de ferro, instala uma fábrica numa área não industrializada, promove o desenvolvimento de um novo meio de transporte, luta não só contra o homem, mas também contra o desconhecido.

É pois, o símbolo do trabalho, da atividade criadora do homem sobre a natureza, da produção e da expansão, da busca de novas fronteiras, de esmagamento de qualquer força que se oponha à sua própria expansão.

Tem, junto com Exu, posição de destaque logo no início de um ritual. Tal como Exu, Ogum também gosta de vir à frente. A força de Ogum está tanto na coragem de se lançar à luta como na objetividade que o domina nesses momentos.

É fácil, nesse sentido, entender a popularidade de Ogum: em primeiro lugar, o negro reprimido, longe de sua terra, de seu papel social tradicional, não tinha mais ninguém para apelar, senão para os dois deuses que efetivamente o defendiam: Exu (a magia) e Ogum (a guerra); segundo Pierre Verger. Em segundo lugar, além da ajuda que pode prestar em qualquer luta, Ogum é o representante no panteão africano não só do conquistador mas também do trabalhador manual, do operário que transforma a matéria-prima em produto acabado: ele é a própria apologia do ofício, do conhecimento de qualquer tecnologia com algum objetivo produtivo, do trabalhador, em geral, na sua luta contra as matérias inertes a serem modificadas .

Ogum gosta do preto no branco, dos assuntos definidos em rápidas palavras, de falar diretamente a verdade sem ter de preocupar-se em adaptar seu discurso para cada pessoa.

Ogum gosta de dormir no chão, precisa que o corpo entre em contato sempre direto com a natureza e dispensa roupas elaboradas e caras, que possam ser complicadas de vestir ou que exijam muito espaço na mochila. Não tem compromisso com ninguém, nem com seus próprios objetos.

A violência e a energia, porém não explicam Ogum totalmente. Ele não é o tipo austero, embora sério e dramático, nunca contidamente grave. Quando irado, é implacável, apaixonadamente destruidor e vingativo; quando apaixonado, sua sensualidade não se contenta em esperar nem aceita a rejeição. Ogum sempre ataca pela frente, de peito aberto, como o clássico guerreiro.