segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Fatores que destroem os serem humanos


Perguntaram a Mahatma Gandhi quais são os fatores que destroem os seres humanos. Ele respondeu:

A Política, sem princípios; o Prazer, sem compromisso; a Riqueza, sem trabalho; a Sabedoria, sem caráter; os negócios, sem moral; a Ciência, sem humanidade; a Oração, sem caridade.
A vida me ensinou que as pessoas são amigáveis, se eu sou amável, que as pessoas são tristes, se estou triste, que todos me querem, se eu os quero, que todos são ruins, se eu os odeio, que há rostos sorridentes, se eu lhes sorrio, que há faces amargas, se eu sou amargo, que o mundo está feliz, se eu estou feliz, que as pessoas ficam com raiva quando eu estou com raiva, que as pessoas são gratas, se eu sou grato. A vida é como um espelho: se você sorri para o espelho, ele sorri de volta. A atitude que eu tome perante a vida é a mesma que a vida vai tomar perante mim.

"Quem quer ser amado, ame".

sábado, 29 de outubro de 2011

O Hábito de Rotular Pessoas

O nosso planeta é habitado por vários tipos de criaturas, e entre elas os seres humanos. Plantas e animais apenas vivem. Agem e reagem sobre o meio-ambiente, guiados apenas pelos instintos. Mas o homem existe e pode modificar a sua existência e atuar em seu meio, modificando-o. À medida que o homem evolui ele não apenas existe, mas transcende à própria existência.

A complexidade das estruturas psíquicas do homem faz com que ele reaja positiva ou negativamente diante dos estímulos externos, mediante o seu livre-arbítrio.

Dessas reações decorrem as demonstrações de força ou fraqueza, coragem ou covardia, fé ou descrença, amor ou ódio, altruísmo ou egoísmo, humildade ou orgulho.

Um dos hábitos enraizados profundamente nos homens é o de rotular, coisas, situações e pessoas. Rotula-se pessoas com dificuldades de raciocínio de retardadas. Rotula-se os deficientes físicos de incapacitados. Rotula-se ricos, pobres, bonitos, feios, bêbados, homossexuais, prostitutas, negros, heróis, bandidos e tantos rótulos que se torna impossível enumerá-los.

É ruim rotular porque esquecemos que por traz dos rótulos existem pessoas que amam, odeiam, choram, riem, possuem toda uma gama de sentimentos e qualidades próprias dos seres humanos.

Transpondo essa mesma situação para o movimento espírita vemos que não estamos livres do impulso de rotular. Idéias divergentes são rotuladas de "movimentos paralelos". Infelizmente linhas paralelas não se encontram nunca. Os que se dedicam ao estudo da ciência espírita são classificados como científicos, e místicos ou religiosos são os que aceitam o espiritismo como uma religião. Os que preferem tê-lo como uma filosofia não religiosa, são denominadas "laicos".

Rotulamos de obsessores os espíritos que atuam maleficamente sobre as pessoas. Obsedados são os que sofrem esse assédio. Por traz do rótulo de obsessor identificamos o espírito maldoso, vingativo, esquecidos de que ele pode ter razões ponderáveis para agir desta maneira, e ainda não é capaz de perdoar. Ele pode odiar alguém e obsidiá-lo, mas pode ser que ame muitos outros. O obsedado, quando não é rotulado de pobre vítima, é classificado como caráter frágil, ou espírito endividado.

Não estamos justificando a existência de obsedados e obsessores, nem estamos iludidos a ponto de julgar que não existam espíritos maus, porém lembrando a todos que o rótulo serve para a classificar certas coisas, mas nem sempre refletem toda a realidade.

Felizmente o Espiritismo está acima de rótulos e tendências, teorias ou práticas, pois ele é a própria vida. É o amor que se faz presente, se materializa entre nós para nos iluminar.

Lembremo-nos que o rótulo é frio, estático, inclemente. Por isso temos que lutar contra a nossa tendência de tudo rotular, colocando mais amor e compreensão em nossos julgamentos. O mesmo amor e compreensão que desejamos para nós mesmos.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Orixás

Para que possamos entender o Orixá em sua absoluta essência, é necessária uma enorme capacidade de abstração. O que diversos autores tem tentado valentemente explicar é algo absolutamente intangível ao nosso nível de consciência.

Orixá não é divindade, pois na Umbanda cremos num único Deus. A Umbanda não é politeísta, portanto o que passaremos a descrever não é uma teogonia. Orixá é potência de luz emanada de Deus, O Criador.

Ordinariamente entendemos a manifestação do Orixá, através das forças da natureza, é o máximo que conseguimos, pois em sua essência verdadeira é pura luz. E como entender isso? É como querer entender e explicar Deus, tarefa impossível a qualquer um de nós.

Entretanto, tendo em mente isso, podemos tentar entender juntos o caminho inverso, ou seja, da terra para o Alto, até porque para entendermos o que ocorre acima disso, precisaríamos entrar em esferas elevadíssimas que fogem ao nosso entendimento, pois ninguém tem alcance para isso. Tudo que falam são conjecturas, bravas e algumas até louváveis tentativas, mas nada absoluto. A verdade de cada um deve ser respeitada, assim como a compreensão. Avançar a esferas superior nos será naturalmente permitido quando tivermos evolução para tal.

Na realidade o que a Umbanda fez foi "organizar" as manifestações divinas, em uma linguagem que pudéssemos compreender. Todas as "complicações" provenientes do aprendizado na Umbanda são por nossa exclusiva culpa e ignorância, basta que conversemos com qualquer Preto Velho, para termos a certeza disto.

Pensemos a princípios nos Sete Orixás Básicos que se manifestam em nível de terreiro, ou seja, de incorporação: Oxossi, Ògún, Xangô, Omulu, Oxum, Iemanjá e Iansã.[1]

A manifestação, em nível de terreiro, de cada um se dá através de espíritos enviados de cada uma destas forças. Importante ressaltar que na Umbanda não incorporamos o Orixá, mas sim os seus enviados ou representantes, que são espíritos que já encarnaram e que tem cada um o seu próprio karma, história, característica missionária, evolutiva, de personalidade etc.

Temos a tendência de acreditar ou pensar que cada Orixá é o reino ao qual está associado, entretanto Orixá é muito mais do que isso, e é exatamente esse "muito mais do que isso" que não conseguimos explicar em palavras, mas grosseiramente falando é o amor de Deus espalhado e ao mesmo tempo condensado em 7 raios básicos, destinados ao planeta Terra, que objetivam, ao chegarem aqui, traduzidos pelos diversos sub-planos que passaram, nos auxiliar no nosso karma, e que se manifestam através das forças e reinos da natureza. O Orixá está na natureza, mas não é apenas a natureza. Enfim... É mais uma benção de Deus.

Quando pensamos na composição de uma árvore, por exemplo, e nos infiltramos nela, entramos no seu universo e podemos observar neste universo "árvore" que todos os 7 Orixás estão se manifestando, conjugadamente ou em paralelo, mas sempre harmoniosamente.

Cada Orixá tem função específica e até as que são antagônicas se harmonizam frente as nossas necessidades, por Graça do Criador.

Para uma melhor compreensão nesta que está parecendo uma viagem ao mundo dos Orixás, vamos primeiro falar sobre as funções e especialidades de cada um ao nível de terra.

  • Oxossi - corresponde a nossa necessidade de saúde, nutrição, expansão, energia vital, equilíbrio fisiológico.
  • Ògún - corresponde a nossa necessidade de energia, defesa, prontidão para ação, determinação, tenacidade.
  • Xangô - corresponde a nossa necessidade de discernimento, justiça, estudo, raciocínio concreto e metódico.
  • Omulu - corresponde a nossa necessidade de compreensão de karma, de regeneração, de evolução, transformações e transmutações kármicas.
  • Oxum - corresponde a nossa necessidade de equilíbrio emocional, concórdia, amor, complacência e reprodutiva.
  • Iemanjá - corresponde a nossa necessidade familiar, estrutural de amor fraternal e filial e bens materiais.
  • Yansã - corresponde a nossa necessidade de mudança, deslocamentos, transformações materiais, avanços tecnológicos e intelectivos.
Tudo isso estando equilibrado nos torna pessoas melhores e facilita a nossa passagem na Terra, por isso falei em benção de Deus, e também e manifestações básicas e harmônicas dos Orixás apesar de algumas manifestações serem antagônicas, mas no fundo complementares.

Os 7 Orixás básicos ao se combinarem formam outros Orixás os quais chamamos de desdobramentos do Orixá ou Orixás que foram combinados, mas mesmo assim ainda não são estes que se manifestam em nível de terreiro, mas sim os seus enviados (que falaremos mais tarde)

O único Orixá na Umbanda que não tem desdobramentos é a Orixá Iansã, pois as suas combinações são tão rápidas que não criam reinos, mas apenas manifestações rápidas desta conjugação, não chegando a formar ou fixar-se durante muito tempo a ponto de formar um novo Orixá. Além do mais, outro motivo para isto e o próprio elemento por Ela representado: o Ar. O Ar não se desdobra, não se fixa, mas mistura-se aos demais, entretanto sem mudar a sua essência. O Ar em movimento é o vento que causa mudanças rápidas e essas mudanças são a própria Orixá.

Quando os Orixás se combinam, se unem e se conjugam temos os diferentes desdobramentos que são manifestados através do encontro de um reino com outro, ou manifestações de força da natureza, que em terreiro também recebem nomes diferentes.

Divindade Suprema Colegiado Supremo
1
Orixás Virginais - Formam o Colegiado ou Coroa Divina
2
Orixás Causais - Senhores do Carma Causal
3
Orixás Refletores - Senhores da Luz Espiritual coordenadora de massa
4
Orixás Originais - Senhores Reguladores do Carma constituido
5
Orixás Supervisores - Senhores de todo o Sistema Galáctico
6
Orixás Intermediários - Senhores de todo o Sistema Solar
7
Orixás Ancestrais - Senhores de todo o Sistema Planetário

 
Todos os Orixás Ancestrais são subordinados à Cristo Jesus que é o tutor máximo da Terra.

Os Orixás Ancestrais são os que conhecemos na umbanda.


Entre os espíritos que atuam dentro da vibração energética do nosso Eledá, é escolhido um para nos acompanhar mais de perto, seja pela afinidade com o ser encarnado ou pelo simples desejo de acompanhar esse espírito na sua caminhada encarnatória. No caso de médiuns, normalmente este espírito é aquele que incorpora quando invocada a vibração do Orixá principal.

Os Orixás, dentro do culto Umbandista não são incorporantes. O que se vê dentro dos vários terreiros, centros, tendas etc, são os falangeiros dos Orixás, espíritos de grande luz que vem trabalhar sob as Ordens de um Orixá. Os Falangeiros incorporam em seus "cavalos" e mostram sua presença e sua força em nome de um Orixá.


Orixá Ancestral

Localização do ponto de força de recepção energética: Alto da cabeça.Coroa.

Irradia para o nosso caminho espiritual, nos doando qualidades atributos e atribuições necessárias a nossa evolução espiritual, ou mesmo absorvendo os excessos.

Orixá de frente

Localização do ponto de força de recepção energética: Entre as sobrancelhas, meio da testa (3º olho).

Irradia para o nosso caminho material, nos doando qualidades atributos e atribuições necessárias a nossa vida física presente, ou mesmo absorvendo os excessos.

Orixá juntó

Localização do ponto de força de recepção energética: Em toda a extensão da nuca.

Irradia, auxilia-nos com suas qualidades atributos e atribuições, o aprendizado das verdades divinas, adquiridos em vivenciações passadas, bem como ao equilíbrio dos erros cometidos, a fim de nos reequilibrarmos no presente para a nossa evolução.

Obs: A palavra juntó é um designativo regional e foi adjudicada do termo adjunto, que quer dizer: algo em aporte; auxílio; junto; do lado.

Orixá da direita

Localização do ponto de força de recepção energética: Na região acimada orelha direita .

É aquele que irradia com suas qualidades, atributos e atribuições, a nossa direita, ou seja, o nosso consciente, o nosso pólo positivo e as virtudes humanas (absorvendo os excessos ou irradiando a falta).

O lado direito do nosso cérebro físico e do cérebro espiritual comanda o nosso emocional, refletindo o nosso "Eu positivo", ou seja, o da justiça, do bom combate, do bom caminho, da vereda certa e da vida verdadeira. É o lado que reflete as nossas "virtudes". É o lado da Espiritualidade Maior; o lado da realidade.

O lado direito é o lado da Espiritualidade. É dos que vivem com Deus, cumprindo-lhe as Leis.

Orixá da esquerda

Localização do ponto de força de recepção energética: Na região acima da orelha esquerda.

É aquele que irradia com suas qualidades, atributos e atribuições a nossa esquerda, ou seja, o nosso inconsciente, o nosso pólo negativo, os defeitos humanos (absorvendo os excessos ou mantendo o equilíbrio).

O lado esquerdo do nosso cérebro físico e do cérebro espiritual comanda o nosso racional, refletindo o nosso "Eu negativo", ou seja, o das injustiças, da inércia, do mau caminho, das incertezas e da vida ilusória. É o lado que reflete os nossos "defeitos"; o lado das ilusões.

O lado esquerdo é o lado das ilusões. É o dos que estão apenas vivendo para o mundo e desejando o muito sem Deus.

Com tudo isso não estamos querendo dizer que existem Orixá que comandam as nossas virtudes ou os nossos defeitos, mas sim, que Eles estão a postos, a fim de nos auxiliar absorvendo os excessos ou irradiando a falta daquilo que nos é importante em nossa escalada evolutiva..

A cada encarnação, de acordo com as nossas necessidades, os Orixás de coroa, frente, junto, de direita e de esquerda são trocados, estimulando, paralisando, renovando, direcionando, etc., aquilo que esta nos faltando ou que esta em excesso em nossas vidas. Basta sabermos, com certeza, os Orixás que regem a nossa coroa, frente, juntó, de direita e de esquerda e seremos sabedores das nossas virtudes, falhas e excessos, a fim de efetuarmos com êxito a nossa Reforma Íntima.

Se conhecermos as regências da pessoa é possível fazer uma previsão de como será o temperamento desta pessoa e a maneira como ele encara a vida e seus relacionamentos, através dos Orixás que o regem.



Referências
[1] - Iassan Ayporê Pery - Dirigente do CECP - (Parte integrante do Livro "Umbanda - Mitos e Realidade" no prelo)
[2] - (Texto extraído do livro "O Código de Umbanda" obra mediúnica inspirada pelos mestres da Luz: Sr Ògún Beira-Mar, Pai Benedito de Aruanda, Li-Mahi-An-Seri-yê, Seiman Hamiser yê e Mestre Anaanda e psicografado por Rubens Saraceni.).

terça-feira, 25 de outubro de 2011

25/10 São Crispim e São Crispiniano

Crispim e Crispiniano eram irmãos de origem romana Cresceram juntos e se converteram ao cristianismo na adolescência. Ganhando a vida no oficio de sapateiro eram muito populares, caridosos e pregavam com ardor a fé que abraçaram. Quando a perseguição aos cristãos ficou mais insistente os dois foram para a Gália, atual França.

As tradições seculares contam que durante a fuga, na noite de Natal, os irmãos Crispim e Crispiniano batiam as portas buscando refúgio, mas ninguém os atendia. Finalmente foram abrigados por uma pobre viúva que vivia com um filho. Agradecidos à Deus, quiseram recompensá-la fazendo um novo par de sapatos para o rapazinho.Trabalharam rápido e deixaram o presente perto da lareira. Mas antes de partir, enquanto todos ainda dormiam, Crispim e Crispiniano rezaram pedindo amparo da Providência Divina para aquela viúva e o filho. Ao amanhecer viram que os dois tinham desaparecido e encontraram o par de sapatos cheio de moedas.

Quando alcançaram o território francês os dois irmãos se estabeleceram na cidade de Soissons. Alí seguiram uma rotina de dupla jornada, isto é, de dia eram missionários e a noite, ao invés de dormir, trabalhavam numa oficina de calçados para se sustentar e continuar fazendo caridade aos pobres. Quando a cruel perseguição imposta por Roma chegou em Soissons, era época do imperador Diocleciano e a Gália estava sob o governo de Rictiovaro. Os dois irmãos foram acusados e presos. Seus carrascos os torturaram até o limite, exigindo que abandonassem publicamente a fé cristã. Como não o fizeram, foram friamente degolados, ganhando a coroa do martírio.

O Martirológio romano registra que as relíquias dos corpos desses dois nobres romanos mártires estavam sepultadas na belíssima igreja de Soissons, construída no século VI . Depois, parte delas foi transportada para Roma onde foram guardadas na igreja de São Lourenço da via Panisperna.

A Igreja celebra os Santos Crispim e Crispiniano como padroeiros dos sapateiros no dia 25 de outubro. Essa profissão, uma das mais antiga da humanidade, era muito descriminada, por estar sempre associada ao trabalho dos curtidores e carniceiros. Mas o cristianismo mudou a visão e ela foi resgatada graças o surgimento dos dois santos sapateiros, chamados de mártires franceses.

Oração a São Crispim e Crispiniano
Oh! Deus, que com tão inefável bondade inspirastes a vossos fiéis servos Crispim e Crispiniano a renúncia dos bens terrenos e o amor das espirituais delícias, o horror das mundanas vaidades e os encantos da eterna bem-aventurança, o desprezo das galas transitórias e gosto dos trabalhos humildes, concedei-nos, pela intercessão destes ilustres Mártires a graça da verdadeira sabedoria, desprezando tudo o que é efêmero e caduco para amarmos somente o que é salutar e eterna. E vós inclitos Patronos, que tão heroicamente empenhastes a vossa vida para atear na terra o amor de Jesus, intercedei por nós, para que seguindo o vosso exemplo possamos honrar sempre o nome cristão.
Por Jesus Cristo Senhor Nosso. Assim seja.

domingo, 23 de outubro de 2011

Cruzamentos Vibratórios

as Sete Linhas de Umbanda foram codificadas pelos Homens, não foram os Orixás que determinaram quais seriam essas Linhas. Por isso, várias Tendas de Umbanda trabalham com a sua Codificação mais afinizada. Coloco para vocês também os Desdobramentos ou Cruzamentos Vibratórios que ocorrem para associar Irradiações de variadas frequências com a finalidade de uma atuação conjugada e especializada.

As nomenclaturas aqui usadas fazem parte da diversidade das origens de contribuição vindas de Fontes variadas como a Indígena, Africana, Católica, Oriental,... Mas, com certeza! Não importam os nomes, mas sim a nossa fé nos Espíritos de Luz da Egrégora de Umbanda que trabalham amorosamente em favor da nossa evolução espiritual.

LINHA DE OGUM

A vibração de Ogum é o fogo da salvação, da glória, da superação, o mediador de "choques" consequentes do karma. É a Linha das demandas da fé, das aflições, das lutas e batalhas da vida. É a Divindade que, no sentido místico, protege os guerreiros, ou seja, nós que lutamos no dia a dia para a nossa sobrevivência, daí serem “soldados” da força de vontade.

Falange de Ogum Beira-Mar
Colaboradores de Iemanjá. Ogum Beira-Mar trabalha sobre a areia molhada, enquanto Ogum Sete-Ondas trabalha sobre as ondas. Sendo o Mar a Calunga Grande um grande higienizador nas Irradiações de limpeza astral que é uma das especialidades desta Falange. Aceitam oferendas com velas nas cores branca, verde, vermelha e azul-clara.

Falange de Ogum Rompe-Mato
Ogum Rompe-Mato trabalha para Oxóssi, nas Matas. Ogum das Pedreiras trabalha para Xangô, nas pedreiras. Em ambos os casos, é a mesma Falange que trabalha para os dois Orixás, com nomes diferentes. Esta Falange trabalha em especial no equilibrio das vibrações ligadas a Justiça. Ogum Rompe-Mato esta presente na entrada das matas e Ogum das Pedreiras vibra em torno das pedreiras, morros e montanhas.

Falange de Ogum Megê
É colaborador de Iansã, seu nome significa “Sete”. É o Guardião da Calunga Pequena, rondando suas calçadas, lidando diretamente com a Linha das Almas.Trabalhando também nos casos de desobsessões.

Falange de Ogum Matinata
Com poucos médiuns que o incorporam, sua Falange protege os campos de Oxalá, os locais abertos, floridos e iluminados. Irradiando vibrações estimuladoras da fé e promovendo as relações sociais.

Falange de Ogum Iara
Seu nome significa “Senhor”, trabalhando para Oxum. Trazendo harmonia e equilíbrio emocional. A vibração esta presente na beira de rios, lagos ou cachoeiras.

Falange de Ogum de Lei
“Aquele que Toca o Solo”, como seu nome significa, é uma falange que vibra na linha pura de Ogum. São eles que trabalham diretamente no Karma e sua cobrança, rondando o mundo. 

Oferendas: todas as falanges citadas recebem velas nas cores indicadas, cravos vermelhos (alguns aceitam cravo branco também), cerveja branca, ou, menos comum, vinhos, charutos. Umbandista preserva a natureza.

Ervas: as mais comuns são espada-de-são-jorge, losna, jurubeba, comigo-ninguém-pode, romã.

LINHA DE XANGÔ

Xangô é o Orixá que coordena toda lei Kármica, é o dirigente das almas, o Senhor da balança universal, que afere nosso estado espiritual. Resumindo, Xangô é o Orixá da Justiça. Seus pontos cantados são sérias invocações de imagens fortes e nos levam sempre aos seus sítios vibracionais como as montanhas, pedreiras e cachoeiras.

Falange de Xangô Caô
Dominam a sabedoria adquirida com o tempo, atuando nas pedreiras abertas. Sua cor é o marrom-escuro. É conhecido também como Xangô Velho.

Falange de Xangô Alafim (ou Alafim-Echê)
Seu nome vem do título dado ao Rei de Oyó, na África. Defendem a pureza moral, atuando nas pedras solitárias dos caminhos. Suas cores são marrom e branca.

Falange de Xangô Alufã
O Xangô “Sacerdote”, determina as diretrizes dos desencarnados, atuando nas pedras dos rios, mares, cachoeiras e todas as águas, daí ser o protetor dos pescadores. Suas velas são o marrom e o branco.

Falange de Xangô Agodô
Seu nome significa “Grandeza”, atuando nas pedras mergulhadas nas águas de toda a espécie, inclusive nas “pedras iniciáticas e na pedra batismal”.

Falange de Xangô Abomi (ou Abomim)
“Aquele que derrama água de uma vasilha” ou “Aquele que Batiza”, muitas vezes é sincretizado com São João Batista, talvez devido ao seu nome. Trabalha nas montanhas, nas cordilheiras, protegendo nos momentos de angústia, nas horas de aflições e perdas, inclusive no casamento. Sua cor é o marrom.

Falange de Xangô Aganjú
É um Xangô jovem, vibrando nas linhas de Xangô e Oxum, trabalhando nas pedras da cachoeira. Traz harmonia entre as forças de amor e justiça. Suas cores são o branco e o marrom.

Falange de Xangô Djacutá
Seu nome significa “pedra”, dominando a força de Xangô no meteorito e nos raios, sendo muito invocado nas injustiças que conduzem a aflições, defendendo as vítimas desses abusos. Suas cores são o branco e o marrom.

Oferendas: Além das já citadas anteriormente, dedicadas ao Orixá, basicamente consistem de velas, charutos, cerveja preta, rosas ou lírios brancos. Umbandista preserva a natureza.

Ervas: folhas de eucalipto, manga, goiaba, camaná, alecrim e limão.

LINHA DE OXÓSSI

A vibração de Oxóssi nos traz toda a parte doutrinária, com fins de trazer fé às almas desgarradas no mal, interferindo nos males psíquicos e físicos. Daí, por trazer as almas ao caminho do bem, Oxóssi é chamado de "caçador de almas." Rege também a disciplina e obediência.

Falange dos Caboclos Peles-Vermelhas
Excelentes doutrinadores, com grande sabedoria, pertencem a antigas civilizações indígenas. Falam dialetos quando “descem” e fazem seus incensos queimando folhas de alecrim, eucalipto e alfazema secas.

Falange do Caboclo Araribóia
Como Oxóssi é caçador, é ele que coordena, na vida material, o trabalho, com o objetivo de trazer recursos à mesa. Por isso, essa falange se dedica a proteger aos injustiçados no seu direito de sustento e sobrevivência de suas famílias, vibrando nas matas das montanhas. Gostam de flores variadas.

Falange da Cabocla Jurema
Formada por entidades meigas, amorosas, traz os recursos da Natureza e os transformam em energias vitais próprias a serem utilizadas em purificação de locais, pessoas e na medicina espiritual, aos serviços de Oxóssi e Ossãe. Gostam de muito mel nas oferendas e fitas coloridas.

Falange dos Caboclos Guaranis
São guerreiros. Defendem as matas, junto a Ogum Rompe-Mato. Onde os Guaranis estão, impõe a paz, daí serem chamados de “Falange da Paz”. 

Falange dos Caboclos Tamoios
Humildes e pacientes, são eles os conhecidos “domadores de feiticeiros” ou “bumba na calunga”, vencendo a feitiçaria.Trazem as almas ao bem, daí serem os “caçadores de almas”, na atribuição legítima das Falanges de Oxóssi. A ela pertencem Muiraquitã e Grajaúna. Apreciam folhas de arruda, guiné, rosas de qualquer cor e muito mel.

Falange dos Caboclos Tupis
São os conhecidos Tatauys, conhecidos por serem muito ágeis, bons caçadores, muito brincalhões. Apreciam sucos de frutas, mel e rosas de qualquer cor.

Falange do Caboclo Urubatã
São os mais velhos, sábios e conhecedores da mata. Há poucos médiuns que os incorporam. Trabalham nas colinas floridas, pois se ligam à vibração de Oxalá. Nas suas oferendas vão muito mel e flores brancas. Sua vela inclui a cor branca, sendo a única falange que recebe outra cor, além do verde.

LINHA DO POVO D’ÁGUA – IEMANJÁ, OXUM, IANSÃ E NANÃ

Essa Linha é também conhecida como Povo d'Água. Nessa Falange, na Umbanda, trabalham todas as Iabás (Senhoras dos Rios), agrupadas com os nomes de janaínas, caboclas ou sereias. Sua missão é trabalhar diretamente com a força emotiva por meio dos sentimentos de maternidade, misericórdia e amor. Iemanjá significa a energia geradora, a divina mãe do universo.

Falange da Sereia do Mar
Entidades que assumem formas encantadas, residindo em todo o elemento água. Possuem total domínio sobre as energias desse meio. Levam as tradicionais flores a Iemanjá para o fundo dos mares, lagos ou rios.

Falange da Cabocla Iara
Dominam a força nascida do encontro das águas doces e salgadas, muito ligadas ao Orixá Ogum. É também o nome das Entidades Chefes da Falange conhecidas como Caboclas do Rio. São alegres e juvenis. Sua vela será azul clara e verde.

Falange da Cabocla Nanã
A Cabocla Nana Buroquê é chefe da falange das Ondinas. Suas entidades trabalham na beira das fontes e trazem uma vibração capaz de proporcionar paz e compreensão nos lares. Protegem as atividades ligadas ao ensino, como o magistério. Sua vela é lilás.

Falange da Cabocla Iansã
A Cabocla Iansã representa o Orixá com o mesmo nome, junto à Iemanjá. Trabalha sob os fortes temporais e chuvas, forças essas capazes de proporcionar grande resistência nas dificuldades da vida. Aceitam velas azul clara e amarela.

Falange da Cabocla Oxum
As energias do amor puro e da luz que irradia sobre as cachoeiras são a matéria-prima para suas atividades, ligadas à Iemanjá. Através de sua Falange, os fluidos benfeitores são trazidos através das “águas espirituais”, ou seja, o Prana ou Fluido Cósmico Universal. Sua vela será azul-clara e amarela, dedicada ao Orixá Oxum.

Falange da Cabocla Indaiá
Sua falange é das Caboclas do Mar, ligadas a Linha das Crianças, ou seja, sincreticamente a Falange de Cosme e Damião. Absorvem energias de vários elementos e transmutam na energia alegre e vibrante das Crianças. Suas velas serão azuis-claras e rosas.

Falange da Cabocla ou Sereia Janaína
Estão sob sua guarda a força do amor conjugal e da procriação.
Ligam-se muito ao Orixá Oxalá. Suas velas serão azuis claras e brancas.

Oferendas: basicamente, todas as Falanges de Iemanjá aceitam perfumes de seiva de alfazema ou seiva de rosas, flores brancas ou azuis, rosas, lírios, mel, guaranás ou bebidas doces e delicadas. A Falange da Cabocla Iansã recebe cerveja preta como bebida. Lembrando que devemos oferecer somente o conteúdo dos perfumes e bebidas, os recipientes devem ser descartados no lixo apropriado. Umbanda é respeito e preservação para com a natureza. Seja criativo e ecologicamente correto.

Ervas: lágrimas-de-nossa-senhora, camomila, espada-de-iansã, folhas de bambu e qualquer planta aquática.

LINHA DAS CRIANÇAS

Essas Entidades, altamente evoluídas, externam pelos seus médiuns, maneiras e vozes infantis de modo sereno e, em algumas vezes um pouco mais esfuziante. Quando no plano de Protetores, gostam de sentar no chão e comer coisas doces, mas sem desmandos. Onde for necessária uma vibração dirigida à alegria, à fraternidade e à comunhão, lá estará a Linha das Crianças que, por essa bela qualidade, domina as energias mais sublimes do plano espiritual. Uma Criança brincando em um trabalho está irradiando limpeza, cura, equilíbrio espiritual para todos à sua volta.

Falange de Tupanzinho
São entidades que vibram na Linha de Oxóssi, protegendo os trabalhadores da floresta e animais. Gostam de apetrechos indígenas bem enfeitados, fitas verdes e vela rosa.

Falange de Doum
São Entidades que nasceram no período do cativeiro como Doum, eram filhos de mãe indígena e pai africano. Auxiliam os tratamentos médicos, protegendo os profissionais da saúde e os enfermos, proporcionando mais integração entre ambos. Cruzam-se com a Linha dos Pretos-Velhos.

Falange de Alabá
Cruzam-se com Ogum, Oxumarê e Iemanjá. Da vibração dos três Orixás, recebem condição de trabalhar com os militares, dando coragem e piedade aos que usam farda. Sua vibração é próxima as cachoeiras, pois as cores do arco-íris atraem muito essa Falange.

Falange de Dansu
Espalham-se nos dias de tormenta, com fins de proteger adultos e crianças nesses dias, trabalhando também para Xangô. Gostam de fitas marrons e pedras roladas em suas irradiações.

Falange de Sansu
Legião de Entidades que se apresentam como meninas, distribuidoras de ternura, vinda de Deus. Trabalham cruzadas com Iemanjá. Gostam de "brincar" com conchinhas e estrelas-do-mar

Falange de Damião
Cruzam-se com Cosme e Doum, cuidando das Crianças do espaço, ou seja, das Entidades recém-desencarnadas ainda crianças, de grande poder de cura. Vibram nas praias.

Falange de Cosme
São Eles que detêm a responsabilidade da guarda das Crianças recém-desencarnadas na Linha de Oxalá. Com o qual cruzam. Alimentam-nas com fluidos delicados, chamados de “mel”, ou, talvez, os fluidos extraídos desse alimento.

Oferendas: As Falanges das Crianças incluem, em suas oferendas, muito mel, doces em geral, balas, pirulitos, brinquedos, fitas na cor rosa e nas cores com os quais cada Falange se cruza, velas na cor rosa, guaranás, flores brancas e gostam muito de bicos (chupetas) azuis ou rosas, de acordo com a Falange. Lembrando que esses itens de oferendas podem e devem ser distribuídos para as crianças terrenas. O Umbandista preserva as praças e jardins dando o exemplo para as novas gerações de filhos de fé mostrando o cuidado que devemos ter para com a natureza.

Ervas: folhas de manjericão, amoreira, alfazema, alecrim, trevo.

LINHA DAS ALMAS - PRETOS VELHOS

É a Linha do aprendizado a duros custos, da compreensão das aflições, valorizando as lições da vida. Eles são a doutrina, a filosofia, o mestrado da magia, em fundamentos e ensinamentos. É a prática da caridade teórica, da humildade adquirida sob as mais cruéis provações. São aqueles que ensinam que, mesmo mergulhados no erro, ainda há esperanças. São os Pretos Velhos.

Falange do Povo da Costa (Pai Cambinda)
Cruzam-se com Iemanjá e ensinam que, através da resignação das provas, haverá o resgate das dívidas do passado. Consolam e auxiliam os sofredores, com muito amor. Sua vibração é nas praias.

Falange do Povo de Congo (Rei Congo)
Com a Falange das Crianças conseguem a energia pura e infantil dessa Falange que, transformada, vence a dor e traz a alegria. 

Falange do Povo de Angola (Pai José)
Libertam os escravos de hoje, presos aos vícios, maldades e erros, despertando-os para a vida, por meio de esclarecimentos ou ritos. Vibram nas matas e sua vela será roxa, a cor mística por excelência.

Falange do Povo da Guiné (Pai Guiné)
Possuem o conhecimento das Calungas (grande, o mar; pequena, o cemitério), profundos conhecedores da magia e da sabedoria para a cura de todos os males. 

Falange do Povo de Moçambique (Pai Jerônimo)
Trabalham na Lei do Livre-Arbítrio (ou da livre escolha), com fins de inspirar a libertação do indivíduo durante sua vida terrena. Vibram na mata, sobre pedras em especial, ou nos lugares abertos nesse local, próprios ao repouso e à oração.

Falange do Povo de Loanda (Pai Francisco)
Combatem demandas, fazem cumprir rigorosamente os rituais e trabalham muito na caridade, sendo exigentes, mas muito bondosos. Incentivam a reforma interior como ferramenta da evolução espiritual. Curadores da alma e do corpo. O alecrim é sua erva principal.

Falange de Benguela (Pai Benguela)
Por terem sofrido muito na Terra, compreendem as misérias humanas, trabalham na busca da paz, da fraternidade e estimulam a caridade. Vibram nas colinas abertas e floridas.

Oferendas: cada Preto Velho tem sua oferenda e gostos. Mas todos recebem cigarros de palha, café, velas brancas e pretas (alguns, roxas), doces tradicionais tipo pés-de-moleque, rapaduras, sagu e comidas típicas do interior e da época em que viveram. Umbanda é sabedoria, preservar a natureza é sábio.

Ervas: arruda, guiné, benjoim, cipreste, folhas de café, alfavaca e vassourinha branca.

São as seguintes as falanges de Pretos Velhos:
Falange do Povo da Costa - chefiada pelo Pai Cabinda
Falange do Povo de Congo - chefiada pelo Rei Congo
Falange do Povo de Angola - chefiada pelo Pai José
Falange do Povo de Benguela - chefiada pelo Pai Benguela
Falange do Povo de Moçambique - chefiada pelo Pai Jerônimo
Falange do Povo de Loanda - chefiada pelo Pai Francisco
Falange do Povo da Guiné - chefiada pelo Pai Guine

LINHA DE OXALÁ

É a fusão de todas as outras. É responsável pela integração das demais. Coordenadora, sendo a manifestação cósmica do céu, da terra, da luz e da energia, da paz e do amor. Lembramos que os Caboclos de Oxalá dificilmente incorporam, sendo os responsáveis pela coordenação das demais Falanges e da missão que cada Guia-Chefe assume perante a Umbanda

Ervas: são o tapete-de-oxalá (boldo), mariô, folhas de limoeiro, manjericão, erva-cidreira.
Fonte:http://taniawentzel.blogspot.com/

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Alabê de Jerusalém - Os Intolerantes




OS INTOLERANTES

"Ah, meu Deus! Assisto com muita tristeza a pena da aspereza dilacerando a beleza de uma linda sinfonia. A aguarrás de juizes, ciumentos inflexíveis, descolorindo as matizes de uma linda pintura, só porque não gostam da assinatura?"

"E vai com uma bailarina, com a inocência de menina, dançando em volta do sol, a Grande Mãe Terra. Enquanto muitas nações, governos, religiões ensaiam a dança da guerra."

"Na verdade a bola azul quase nunca foi amada; é sempre penalizada. Tem um trabalho enorme, dedicação e talento para preparar a mistura, juntar os seus elementos para dar forma às criaturas, e elas, depois de paridas, desconhecem a matriarca e dizem, mal agradecidas: que a carne é fraca."

"E quando o planeta gera um Avatá, um iluminado assim como o Nazareno, tem logo quem se apresenta com conhecimento profundo e diz logo: não é desse mundo, só pode ser extraterreno."

"Ah, é difícil entender porque é que o homem, até hoje, cospe no prato que come. Algumas religiões, não sei por qual motivo, dizem que a Terra é um território com vocação pra purgatório, não passa de sanatório... E que nós só seremos felizes longe dela, bem distante, lá onde os delirantes chamam de paraíso."

"Olha, eu vou dizer de coração. Na minha simples, dia após dia, me perdoem a liberdade, mas religião de verdade, mais parecida com a que Jesus queria, talvez seja sentimento de ecologia. Para esse sentimento não tem fronteiras e só reza um mandamento: preservação das espécies com urgência, sem adiamento."

"Hoje, ela pensa nas plantas, nos rios, no mar, nos bichos. Amanhã, com certeza, com a mesma dedicação e capricho, pensará com muito cuidado nos meninos abandonados."

"Ah, se ela tivesse mais força para sustentar sua zanga, evitaria, com certeza a fome cruel de Ruanda. Não tinha maturidade, ainda era uma menina, quando a impertinência sangrou, com a bola de fogo, a pobre Hiroshima. Mas ela cresce, se instala como uma prece no coração das crianças. Tenho muitas esperanças..."

"Eu tenho toda a certeza que nosso planeta um dia, mesmo cansado, exausto, terá toda a garantia e guardado por uma geração vigia, nunca mais verá a espada fria no Holocausto."

"A intolerância, repito, é a mais triste das doenças. Não tem dó, não tem clemência. Deixa tantas cicatrizes nas pessoas, nos países, até as religiões, guardiãs da Luz Celeste, abandonam seus archotes para empunhar cassetete. E o que, na verdade, refresca o rosto de Deus, é um leque, que tem uma haste de Calvino e outra de Alan Kardec."
"Na outra haste, as brisas, que vêm das terras de Shivas, são uma, dos franciscanos, e outra, dos beduínos. Não precisa ir muito longe... Jesus nasce entre os rabinos."

"Às vezes corações que crêem em Deus, são mais duros que os ateus. E jogam pedra sobre as catedrais dos meus deuses Yorubás. Não sabem que a nossa terra é uma casa na aldeia, religiões na Terra são archotes que clareiam."

DE ALTAY VELOSO

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Exú João Caveira

João Caveira é o nome de um exú (entidade espiritual) da Quimbanda e Umbanda brasileira. O sr. João Caveira é o exú responsável pelo encaminhamento das almas (espiritos desencarnados) que vagam nos cemitérios.
É representado por um homem carregando um crânio humano. É o exú que lembra às almas suas condições humanas. Normalmente é associado ao portão do cemitério (calunga), mas sua ação dentro do mundo das almas vai mais além. Suas manifestações mediúnicas são, na maioria das vezes, violentas. É uma entidade séria e de poucas palavras (indo diretamente ao assunto). João Caveira pode vir através da falange do Exu Caveira, Exu Táta Caveira ou Omulú. Em cada uma delas suas manifestações são diferentes assim como sua evolução.
Nem todos os Exús são violentos como diz a matéria abaixo. Na maioria deles são calmos e vem só para trabalhar e ajudar a quem precisa. Ao contrário tem casas que utilizam eles somente para o mal. Aqui segue um pouco mais da história de como surigam os Exús. Abraço para todos.
Caveira é um exu, ou seja, uma entidade que trabalha na através da incorporação de médiuns.
Antes de ser uma entidade, Caveira viveu na terra física, assim como todos nós. Acreditamos que nasceu em 670 D.C., e viveu até dezembro de 698, no Egito, ou de acordo com a própria entidade, "Na minha terra sagrada, na beira do Grande Rio".
Seu nome era Próculo, de origem Romana, dado em homenagem ao chefe da Guarda Romana naquela época.
Próculo vivia em uma aldeia, fazendo parte de uma família bastante humilde. Durante toda sua vida, batalhou para crescer e acumular riquezas, principalmente na forma de cabras, camelos e terras. Naquela época, para ter uma mulher era necessário comprá-la do pai ou responsável, e esta era a motivação que levou Próculo a batalhar tanto pelo crescimento financeiro.
Próculo viveu de fato uma grande paixão por uma moça que fora criada junto com ele desde pequeno, como uma amiga. Porém, sua cautela o fez acumular muita riqueza, pois não queria correr o risco de ver seu desejo de união recusado pelo pai da moça.
O destino pregou uma peça amarga em Próculo, pois seu irmão de sangue, sabendo da intenção que Próculo tinha com relação à moça, foi peça chave de uma traição muito grave. Justamente quando Próculo conseguiu adquirir mais da metade da aldeia onde viviam, estando assim seguro que ninguém poderia oferecer maior quantia pela moça, foi apunhalado pelas costas pelo seu próprio irmão, que comprou-a horas antes. De fato, a moça foi comprada na noite anterior à manhã que Próculo intencionava concretizar seu pedido.
Ao saber do ocorrido, Próculo ficou extremamente magoado com seu irmão, porém o respeitou pelo fato ser sangue do seu sangue. Seu irmão, apesar de mais velho, era muito invejoso e não possuía nem metade da riqueza que Próculo havia acumulado. A aldeia de Próculo era rica e próspera, e isto trazia muita inveja a aldeias vizinhas. Certo dia, uma aldeia próxima, muito maior em habitantes, porém com menos riquezas, por ser afastada do Rio Nilo, começou a ter sua atenção voltada para a aldeia de Próculo.
Uma guerra teve início. A aldeia de Próculo foi invadida repentinamente, e pegou todos os habitantes de surpresa. Estando em inferioridade numérica, foram todos mortos, restando somente 49 pessoas.
Estes 49 sobreviventes, revoltados, se uniram e partiram para a vingança, invadindo a aldeia inimiga, onde estavam mulheres e crianças. Muitas pessoas inocentes foram mortas neste ato de raiva e ódio. No entanto, devido à inferioridade numérica, logo todos foram cercados e capturados.
Próculo, assim como seus companheiros, foi queimado vivo. No entanto, a dor maior que Próculo sentiu "não foi a do fogo, mas a do coração", pela traição que sofreu do próprio irmão, que agora queimava ao seu lado.
Esta foi a origem dos 49 exus da linha de Caveira, constituída por todos os homens e mulheres que naquele dia desencarnaram.
Entre os exus da linha de Caveira, existem: Tatá Caveira, João Caveira, Caveirinha, Rosa Caveira, Dr. Caveira (7 Caveiras), Quebra-Osso, entre muitos outros. Por motivo de respeito, não será indicado aqui qual exu da linha de Caveira foi o irmão de Tatá enquanto vivo. Como entidade, o Chefe-de-falange Caveira é muito incompreendido, e tem poucos cavalos. São raros os médiuns que o incorporam, pois tem fama de bravo e rabugento. No entanto, diversos médiuns incorporam exus de sua falange.
Caveira é brincalhão, ao mesmo tempo sério e austero. Quando fala algo, o faz com firmeza e nunca na dúvida. Tem temperamento inconstante, se apresentando ora alegre, ora nervoso, ora calmo, ora apressado, por isso é dado por muitos como louco.
No entanto, Caveira é extremamente leal e amigo, sendo até um pouco ciumento. Fidelidade é uma de suas características mais marcantes, por isso mesmo Tatá não perdoa traição e valoriza muito a amizade verdadeira. Considera a pior das traições a traição de um amigo.
Em muitas literaturas é criticado, e são as poucas as pessoas que têm a oportunidade de conhecer a fundo Caveira Chefe-de-falange. O cavalo demora a adquirir confiança e intimidade com este exu, pois é posto a prova o tempo todo.
No entanto, uma vez amigo de Caveira, tem-se um amigo para o resto da vida. Nesta e em outras evoluções.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

sábado, 15 de outubro de 2011

Espiritismo no Século XXI

A Doutrina dos Espíritos é uma doutrina dinâmica. Por estar fundada nos conhecimentos de ciência, filosofia e religião, seu sistema de idéias está constantemente se renovando e se adaptando ao contexto, seja ele local, planetário ou cósmico.
No passado, devido a um sincretismo religioso (cruzamento com outras religiões) e ao alcance cultural da época, o Espiritismo ficou emaranhado em dogmas, misticismos, miticismos, ocultismos, esoterismos, que não fazem parte da essência doutrinária espírita.
O Espiritismo não tem nada de sacro, não adoramos imagens ou ritos; não tem nada de dogmático, não nos abraçamos a verdades estanques inquestionáveis. Não tem nada de esotérico, pois sua linha doutrinária se fundamenta na ciência, filosofia e religião de forma unitiva.
Aqui é importante abrirmos um parenteses. Muitos questionam sobre os fenômenos espíritas. E adianto: Não existem provas científicas dos fenômenos espíritas. Não existem provas que acontecem, e muito menos que não acontecem. E isso é facilmente explicado pelo fato de a ciência atual ainda não ter alcançado o conhecimento necessário. A física quântica começa a mostrar o caminho. De qualquer forma, o fenômeno espírita é o que menos importa para a Doutrina dos Espíritos, pois o espiritismo não veio materializar o espírito, mas sim espiritualizar a matéria.
Desta forma, o espiritismo do século XXI veio transformar a sociedade horizontal e verticalmente. Mudando, não só o pensar para um pensar crítico e humano, mas também suas estruturas. E o objetivo e desafio do espiritismo nesse século é bem claro: promover uma evolução moral na humanidade.
Por ser uma doutrina dinâmica, as unidades funcionais do Espiritismo, os Centros Espíritas, devem estar constantemente em evolução e se adaptando ao emergente. Devem ser verdadeiros centros de transformação dos indivíduos em pessoas melhores, através do exercício do autoconhecimento. Nada de encosto, nada de espírito obsessor, que mancham a imagem da doutrina e ferem o princípio básico do livre arbítrio.
Assim, o espiritismo do século XXI tem o desafio de tirar o ranço das prática passadas e se afirmar como um sistema de idéias dinâmico que responde aos anseios da humanidade no tocante ao ser do ser humano, isto é, o espírito.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O poder do Machado de Xangô (Documentário Rede Globo - 1976)

Brasil, 1976

Co-produção com um canal de televisão Francês, com a orientação do antropólogo Pierre Verger, O Poder do Machado de Xangô é a prova viva de que uma reportagem-documentário de TV pode sim seguir os moldes clássicos do documentário sem cair no desencantamento de seus objetos.
* * *
Sérgio Chapellin abre o programa com um discurso curioso para os moldes atuais do telejornalismo Global: condenam a ignorância das origens sociais, as pretensões reducionistas e afirma a importância da resistência cultural negra no país - em tom quase emotivo, o âncora abre espaço para um dos melhores documentários televisivos já realizados sobre a temática negra no Brasil:
Com uma trilha sonora expressiva, o filme é todo permeado pela voz do narrador mas, surpreendentemente, não se entrega às tentações reducionistas: conta a história da viagem de um homem brasileiro, Balbino, à África de seus antepassados e tenta mostrar mais do que revelar.
O filme esboça os sinais da cultura negra em Salvador, faz um resumo das principais tradições e, num pequeno histórico, chega à expressão máxima dessa resistência cultural: a religião.
São poucos os depoimentos antes que o filme se aproxime de vez de seu personagem principal e sua viagem. Apesar de mediadas pela voz de Chapellin, as imagens começam então a tomar o controle do filme:
São elas, que nos trazem a força dos rituais e os sons das vozes, que nos colocam num espaço de encantamento raro na TV dos dias de hoje. Aos poucos, a voz off também vai se entregando ao espaço imaginário do filme e a descrição dos fatos objetivos dá lugar a frases como: "E então, a mulher entra em transe, possuída por Oxalá..."
Essa afirmação taxativa em torno do que poderia ter sido descrito como crença, ou traduzido para explicações científicas, é uma verdadeira raridade da televisão brasileira. As imagens do culto não recebem qualquer explicação além da nomeação dos orixás presentes e uma certa orientação para os olhares menos acostumados: "Esse que vemos agora é um Egum, Babáologojó". Essas descrições não se tornam monótonas pois são filtradas pela presença significativa de Balbino, o jovem brasileiro que vai à África em busca de um templo de Xangô.
Na cena mais bonita do filme, Balbino, com dificuldades de comunicação com seus antepassados do Benin, começa a cantar um hino de candomblé:
Aos poucos, e isso a câmera observa silenciosamente, os africanos começam a balançar as cabeças, movem seus corpos, dão uma espécie de sorriso e começam a cantar juntos a mesma música de Balbino. Essa imagem por si só, resumiria toda a energia de identidade cultural que o filme carrega.
A partir daí, Balbino começa a descobrir nas ruas os vestígios de suas origens culturais.
Descobre finalmente um templo de Xangô: Lá, a câmera nos mostra com cuidado e paciência os rituais de surgimento de Xangô (aparecido no meio da multidão na imagem de um homem). Xangô (e o documentário o trata assim) caminha no meio da multidão, olha para a câmera...Grita!
Não há Chapellin que resista a essas imagens: "Foi então que Balbino entendeu...Finalmente ele sabia: Balbino era Xangô!...". Essa frase anuncia o último bloco do programa, quando Balbino chega de volta a casa e mostra os presentes trazidos para a família.Caminha por uma Salvador de trios elétricos e vai "descobrindo os nomes de orixás em cada esquina, nomes de lojas, hotéis, restaurantes..."
É então que Balbino se traveste de orixá pela primeira vez e começa a dançar. Sem que nenhum comentário seja feito, o homem Balbino se retorce diante da câmera e recebe Xangô. Não há off que se agüente em sua frieza: "A poderosa herança de Balbino surge diante de nós".

* * *

Chapellin termina o programa com um discurso de defesa não só da diversidade cultural dos povos como com uma espécie de mea culpa Global, baseado num atrapalhado cientificismo: "A própria ciência moderna tem considerado possível a existência de realidades paralelas...".

Impagável justificativa.
Traço de um telejornalismo mais rico e menos reducionista, que não se atém às friezas da mera informação narrada e dá espaço à expressividade insubstituível das imagens e de seus personagens. Um Globo Repórter que embarca em seu tema, e que se deixa levar (quase por inteiro) pela energia própria daquilo sobre o que fala.
Muito diferente do caráter de turistas distanciados, de cientistas imparciais, comum aos atuais programas da emissora. A personagem encantada de Balbino susbstitui a figura do repórter-herói, deixa de lado o expedicionário Global bem comportado.


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Parte 02

Parte 03

Parte 04

Parte 05

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

12 de outubro - Nossa Senhora Aparecida

No dia 12 de outubro, comemoram-se três datas, embora poucos lembrem-se de todas elas: Nossa Senhora Aparecida, padroeira oficial do Brasil, o Dia das Crianças e o Descobrimento da América. Nosso feriado nacional, no entanto, deve-se somente à primeira data, e, embora a devoção à santa remonte aos idos do século XVIII, só foi decretado em 1980.

Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida e no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma.

Segundo estas fontes, em 1717 os pescadores Domingos Martins García, João Alves e Filipe Pedroso pescavam no rio Paraíba, na época chamado de rio Itaguaçu. Ou melhor, tentavam pescar, pois toda vez que jogavam a rede, ela voltava vazia, até que lhes trouxe a imagem de uma santa, sem a cabeça. Jogando a rede uma vez mais, um pouco abaixo do ponto onde haviam pescado a santa, pescaram, desta vez, a cabeça que faltava à imagem e as redes, até então vazias, passaram a voltar ao barco repletas de peixes. Esse é considerado o primeiro milagre da santa. Eles limparam a imagem apanhada no rio e notaram que se tratava da imagem de Nossa Senhora da Conceição, de cor escura.

Durante os próximos 15 anos, a imagem permaneceu com a família de Felipe Pedroso, um dos pescadores, e passou a ser alvo das orações de toda a comunidade. A devoção cresceu à medida que a fama dos milagres realizados pela santa se espalhava. A família construiu um oratório, que, logo constatou-se, era pequeno para abrigar os fiéis que chegavam em número cada vez maior. Em meados de 1734, o vigário de Guaratinguetá mandou construir uma capela no alto do Morro dos Coqueiros para abrigar a imagem da santa e receber seus fiéis. A imagem passou a ser chamada de Aparecida e deu origem à cidade de mesmo nome.

Em 1834 iniciou-se a construção da igreja que hoje é conhecida como Basílica Velha. Em 06 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou pela segunda vez a basílica e deixou para a santa uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, juntamente com o manto azul. Em 8 de setembro de 1904 foi realizada a solene coroação da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e, em 1930, o papa Pio XI decreta-a padroeira do Brasil, declaração esta reafirmada, em 1931, pelo presidente Getúlio Vargas.

A construção da atual Basílica iniciou-se em 1946, com projeto assinado pelo Engenheiro Benedito Calixto de Jesus. A inauguração aconteceu em 1967, por ocasião da comemoração do 250.º Aniversário do encontro milagroso da imagem, ainda com o templo inacabado. O Papa Paulo VI ofertou à santa uma rosa de ouro, símbolo de amor e confiança pelas inúmeras bênçãos e graças por ela concedidas. A partir de 1950 já se pensava na construção de um novo templo mariano devido ao crescente número de romarias. O majestoso templo foi consagrado pelo Papa, após mais de vinte e cinco anos de construção, no dia 4 de julho de 1980, na primeira visita de João Paulo II ao Brasil.

A data comemorativa à Nossa Senhora Aparecida (aniversário do aparecimento da imagem no Rio) foi fixada pela Santa Sé em 1954, como sendo 12 de outubro, embora as informações sobre tal data sejam controversas. É nesta época do ano que a Basílica registra a presença de uma multidão incontável de fiéis, embora eles marquem presença notável durante todo ano.

A imagem encontrada e até hoje reverenciada é de terracota e mede 40 cm de altura. A cor original foi certamente afetada pelo tempo em que a imagem esteve mergulhada na água do rio, bem como pela fumaça das velas e dos candeeiros que durante tantos anos foram os símbolos da devoção dos fiéis à santa. Em 1978, após o atentado que a reduziu a quase 200 pedaços, ela foi reconstituída pela artista plástica Maria Helena Chartuni, na época, restauradora do Museu de Arte de São Paulo. Peritos afirmam que ela foi moldada com argila da região, pelo monge beneditino Frei Agostinho de Jesus, embora esta autoria seja de difícil comprovação.

Seja qual for a autoria da imagem ou a história de sua origem, a esta altura ela pouco importa, pois as graças alcançadas por seu intermédio têm trazido esperança e alento a um sem número de pessoas. Se quiser saber mais detalhes sobre a Basílica e sua programação, visite o site www.santuarionacional.com.br, no qual também é possível acender uma vela virtual. E já que a fé, assim como a internet, não conhece fronteiras, eu já acendi a minha, por um mais paz e igualdade no mundo. Acenda a sua e que Nossa Senhora Aparecida nos ouça e ilumine o mundo, que está precisando tanto de cuidados.

Além da farta pescaria, muitos outros milagres são atribuídos à Nossa Senhora Aparecida. Veja alguns abaixo:

A libertação do escravo Zacarias
O escravo Zacarias havia fugido de uma fazenda no Paraná e acabou sendo capturado no Vale do Paraíba. Foi caçado e capturado por um famoso capitão do mato e, ao ser levado de volta, preso por correntes nos pulsos e nos pés, e como passassem perto da capela da Santa, pediu permissão para rezar diante da imagem. Rezou com tanta devoção que as correntes milagrosamente se romperam, deixando-o livre. Diante do ocorrido, seu senhor acabou por libertá-lo.

O cavaleiro ateu
Um cavaleiro que passava por Aparecida, vendo a fé dos romeiros, zombou deles e tentou entrar na igreja a cavalo para destruir a imagem da santa. Na tentativa, as patas do cavalo ficaram presas na escadaria da igreja. Até hoje pode-se ver a marca de uma das ferraduras em uma pedra, na sala dos milagres da Basílica Nova.

A cura da menina cega
Uma menina cega, ao aproximar-se, com a mãe, da Basílica, olhou em direção a ela e, de repente, exclamou "Mãe, como aquela igreja é bonita." Estava enxergando, perfeitamente curada.



Baseado no artigo de Márcia Busanello