sexta-feira, 29 de abril de 2011

Terapia indígena

Há algumas décadas atrás, o farmacêutico e agrônomo Aloysio Delgado foi passar um tempo com os índios. Desta convivência, ele trouxe uma terapia nova para nós, urbanos, a qual hoje tem vários nomes. Um deles é Iluminare.
Aloysio observou que os pajés tentavam curar os sintomas dos índios, mas iam além e buscavam também descobrir as causas. E para isto faziam uso de algo muito natural para eles: o sexto sentido.
Antes de falarmos sobre a terapia que Aloyzio descobriu, é bom pensarmos um pouco sobre as características de todas as culturas indígenas. A principal delas é a admissão do sagrado e do espiritual e a existência de uma só crença em todo o grupo. A sociedade indígena é sempre regida algum tipo de ordem espiritual, que paira sobre tudo. Uma diferença marcante em relação a nossa civilização é o contato com a natureza. O índio está mais próximo dela e a reverencia. Ela faz parte do seu imaginário. Ele conversa com árvores e sente o espírito dos animais. Podemos dizer, assim, que há, na cultura indígena, uma forte característica de conexão com o chão, com a terra, com a vida, e a espiritualização de tudo isto. Como não são tão guiados pela razão quanto o "homem branco" - entendido, neste caso, como aquele que não é índio - também podem exercitar melhor a intuição.
Já a civilização atual está constituída em cima da razão. A razão nos permite, como seres humanos, brincarmos com a natureza, algumas vezes de forma perigosa, outras, brilhante. O fato de você estar podendo ler este texto em uma tela é produto deste intenso desenvolvimento racional. Mas neste processo muitas vezes negamos uma faceta intuitiva que, admitamos ou não, sempre esteve presente em nós.

INCONSCIENTE E INTUIÇÃO
O que explica que você pense em alguém que não participe muito do seu cotidiano e que no mesmo dia veja esta pessoa na rua ou receba uma notícia dela? Já te aconteceu de ter uma ligação muito forte com uma pessoa e sentir-se mal para em seguida descobrir que ela não estava bem? Você já viveu alguma incrível coincidência em sua vida? Os fenômenos intuitivos são abundantes, e, no entanto, tão logo acontecem nós os esquecemos ou atribuímos o ocorrido a meras coincidências. Se você se desse ao trabalho de anotar quantas vezes por dia adivinha ou sabe de algo com antecedência, ficaria surpreso. Se observasse como a realidade brinca com você, talvez se divertisse mais com o que te acontece. Já teve alguma viagem em que tudo se "encaixou" e que parecia que você estava conhecendo personagens incrivelmente interessantes, ao invés de somente pessoas? A televisão ou uma música já responderam alguma pergunta que você tenha acabado de formular?
No tão falado ano de 2012, o que acontecerá de mais marcante, astrologicamente, será o ingresso de Netuno no signo de Peixes, signo no qual irá transitar por 14 anos. Será um grande casamento, pois Netuno é o regente de Peixes, que, por sua vez, é o signo do inconsciente e da intuição. É de se esperar que, coletivamente, venhamos a ter um interesse muito maior por fenômenos psíquicos. Hoje, o que ainda é envolto em certo mistério e receio, vai se espalhar, da mesma forma que Netuno passando por Aquário (1998-2011) espalhou a tecnologia aos quatro cantos do planeta. Espere mais cinco anos e verá.

RECURSOS DE CURA
Mas voltemos ao Iluminare. Pois bem, como funciona? O pajé usava a intuição para descobrir a causa emocional ou mental da doença do índio. É importante compreender que tudo tem uma causa física e, ao mesmo tempo, interna. Assim, por exemplo, você fica gripado porque entrou em contato com um vírus. Mas você entra em contato com o vírus da gripe talvez muito mais vezes do que imagina. Por que vai ter a gripe exatamente naquela hora? E o que uma gripe faz com o seu sistema? Diminui a vitalidade, obriga a reduzir o ritmo e a cuidar de você. A gripe é uma boa oportunidade de reciclagem. É um processo de limpeza. Com este exemplo o que se está querendo dizer que qualquer acontecimento é a junção de uma ocorrência externa com uma interna. O que é uma outra forma de dizer que não há acasos.
Mas retornemos ao nosso pajé. Ele capta o que está acontecendo com o índio, ou seja, a causa interna. Percebe qual é o problema. Mas basta isto? Certamente não, é preciso atuar sobre esta causa. Aqui vem a parte interessante: momentaneamente o pajé toma para si os sintomas emocionais e mentais do índio. Ele os sente em seu corpo. E, com seus recursos de cura, trabalha estes conteúdos.
Recursos de cura? Todos nós temos. O seu sistema imunológico é um recurso de cura. A energia conhecida como Reiki, que você é capaz de ativar com suas mãos, é outro. Sua fé e orações também. E eu diria que temos um recurso de cura poderoso: a mente, pois a mente, no mínimo, molda atitudes. Escolha duas pessoas com saúdes igualmente debilitadas. Uma delas é frágil e pessimista e a outra, otimista. Talvez ambas não consigam sobreviver a uma determinada doença, mas a que tem a mente mais calma e otimista talvez tenha mais condições de preservar um sistema do que uma outra, de mente muito negativa e sem vontade de viver. O mundo está cheio de gente que recebeu veredictos de viver apenas tantos meses e estas pessoas conseguiram ultrapassar estes limites.
O Iluminare funciona igualzinho ao processo de cura do pajé. O terapeuta também usa o sexto sentido para diagnosticar as questões do cliente e também para captar seus conteúdos emocionais e mentais. Ele fará a captação dos conteúdos verbalizando-os em primeira pessoa ("eu não estou bem", "eu estou em desequilíbrio"). A seguir, irá trabalhar com seus recursos de cura, e um deles, muito potente, é o uso das palavras. Psicólogos sabem que palavras podem curar. Um novo ângulo através do qual enxergamos algo e - pronto! - já não nos sentimos da mesma maneira! Isto pode alterar nosso comportamento e posicionamento diante de uma questão.

TERAPIA SUTIL
Um outro recurso de cura importante no Iluminare é a conexão com a Luz.
Luz em maiúsculo, mesmo. O que é ela? É desejo pelo bem. A Luz nunca força as coisas. Vejamos um exemplo prático.
Uma pessoa procura um terapeuta do Iluminare porque se sente infeliz com o término de um relacionamento. O que o Iluminare pode fazer?
Trabalhar a energia para ela lidar com isto.
Isto significa que ela talvez se desligue da pessoa com quem rompeu, ou, pelo contrário, que tempos depois possa reencontrá-la e, quem sabe, se acertar ou, pelo menos, ter uma conversa importante.
A Luz não está preocupada com resultados específicos.
Ela está inserida em um contexto maior, de evolução, crescimento.
A premissa do Iluminare é trazer crescimento, obedecendo aos ditames da Alma, e não da perspectiva que a pessoa possa ter sobre algo.
Hum, agora complicou, alma? Então o Iluminare precisa de alma? Sim, o Iluminare parte da premissa de que há energia presente em qualquer coisa material. A esta energia se chama "alma". A alma das pedras, das árvores, da Terra, a sua alma. A raiz do Iluminare é xamânica. O xamanismo é a preservação da espiritualidade indígena, definida como a relação forte que o índio tem com a Terra Mãe, o corpo e a natureza e com o Espírito. Para a astrologia, isto equivale a dizer que o Iluminare, cuja origem é xamânica, tem conexão com os signos dos elementos Terra (matéria) e Água (psique), mas que influi nos elementos Fogo (força, ânimo) e Ar (pensamento).
Porém, eu diria que o Iluminare, na forma como é feito, tem uma forte característica pisciana. Primeiro porque emprega o sexto sentido, muito ligado a este signo. Segundo, porque o Iluminare não é planejado. O terapeuta não sabe o que irá captar. Por vezes, poderá viajar no tempo, voltando à infância.. E, terceiro, porque é um trabalho de entrega: uma vez mexida a energia, esperam-se os efeitos. E sobre isto não se fica falando todos os dias. Usando, ainda, os melhores atributos de Peixes, o Iluminare não pretende interferir nas crenças de ninguém. Ele é o simples trabalho da energia na Luz (por isto, Iluminare), isto é, nos conceitos da ética e da não manipulação.
Da mesma forma, seus efeitos são sutis, porque Peixes é sutil. Há vezes em que a melhora é visível e muito imediata, até mesmo produzindo coincidências e acontecimentos. Mas há assuntos muito crônicos e enraizados que precisam de algum tempo para ter melhoras. Talvez um ano. O Iluminare, assim como Peixes, pertence à esfera da fé. É você quem tem de sentir e perceber. É como alguém que faz Reiki em você. Você dirá: estou melhor, a dor física diminuiu. Não haverá como um médico aferir se a dor teria se prolongado por mais tempo se não houvesse sido ministrado o Reiki.

QUER TENTAR?
Agora, para concluir, você vai receber de presente um pequeno exercício para praticar.
Você vai aprender a fazer o mesmo processo que os índios fazem, de diagnóstico e de cura.
Em um momento em que possa estar relaxado e sozinho, pense em alguém com quem você deseje resolver um problema de relacionamento.
Ancore-se na Luz, isto é, pense que deseja o bem: o seu bem, o bem da outra pessoa, o bem da situação.
Feche os olhos, acalme-se e sinta a energia fluir do chão pelos seus pés (a Terra), subir pelo seu corpo e sair pelo alto da cabeça (o Céu).
Esta é a energia do xamanismo.
Perceba-a fluir em você. Quando estiver preparado, pronuncie em voz alta ou na mente o nome da pessoa.
A seguir, deixe que as imagens, músicas ou impressões venham a sua mente.
Exemplo: você vê uma chupeta. Talvez esta pessoa seja um pouco criança emocionalmente e este seja o seu problema com ela.
A seguir, você a vê montada em cima de um cavalo e ela quase cai sozinha, de tanta imprudência.
Você percebe que esta pessoa é um pouco ansiosa e impulsiva, e por algum motivo pode estar sendo difícil conviver com isto.
Agora pense que você precisa se comunicar com ela, mas não faça isto com palavras.
Faça o primeiro gesto que venha a sua mente.
Talvez você abra os braços pedindo espaço e queira delimitá-lo em torno de você.
Você quer mostrar a ela que precisa de espaço ou quer criar isto, já que ela, um pouco criança, talvez se apóie em você.
Ou pode ser que você a abrace. Deixe o corpo falar, mas lembre-se de colocar amorosidade na sua intenção.
O gesto pode ser até de colocar limites, mas de alguma forma tem de partir do seu coração.
Este é o compromisso com a Luz. A Luz nunca quer ferir ou prejudicar.
Quando sentir que já está bom, finalize e abra os olhos.
Como nada está desconectado no Universo, sua comunicação não verbal seguirá seu destino.
Desligue-se e deixe as coisas acontecerem. Apenas espere e observe.
Normalmente, quando o problema desaparece não notamos mais. Só mais tarde é que pensamos: "é mesmo, as coisas melhoraram".
Este é apenas um exemplo do que o Iluminare pode fazer.
E ele não está só.
Em breve, várias terapias que trabalham a energia e o inconsciente irão se tornar cada vez mais conhecidas.
Já é mais do que tempo que a razão se junte a intuição em respeito à Terra.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Muito obrigado Axé


Ivete Sangalo convidou Maria Bethania para participar do DVD que foi gravado na casa de Ivete em Salvador. As duas cantam lindamente a musica de Carlinhos Brown Muito Obrigado Axe.

Segue a letra da musica:
Muito obrigado axé
Composição: Carlinhos Brown

Odô, axé odô, axé odô, axé odô
Odô, axé odô, axé odô, axé odô

Isso é pra te levar no ilê
Pra te lembrar do badauê
Pra te lembrar de lá

Isso é pra te levar no meu terreiro
Pra te levar no candomblé
Pra te levar no altar

Isso é pra te levar na fé
Deus é brasileiro
Muito obrigado axé

Ilumina o mirin orumilá
Na estrada que vem a cota
É um malê é um maleme
Quem tem santo é quem entende

Quanto mais pra quem tem ogum
Missão e paz
Quanto mais pra quem tem ideais e
Os orixás

Joga as armas prá lá
Joga, joga as armas pra lá
Joga as armas pra lá
Faz a festa

Joga as armas prá lá
Joga, joga as armas pra lá
Joga as armas pra lá
Faz um samba

Joga as armas prá lá
Joga, joga as armas pra lá
Joga as armas pra lá
Traz a orquestra

Joga as armas prá lá
Joga, joga as armas pra lá
Joga as armas pra lá
Faz a festa

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Cavaleiro de Aruanda

Ronnie Von gravou, em 1972, a melodia “Cavaleiro de Aruanda” (letra e musica de Tony Osanah):

Quem é o cavaleiro que vem lá de Aruanda
É Oxóssi em seu cavalo com seu chapéu de banda
Quem é esse cacique glorioso e guerreiro
Vem montado em seu cavalo descer no meu terreiro
Vem de Aruanda uê
Vem de Aruanda uá
Ele é filho do verde, ele é filho da mata
Saravá, Nossa Senhora, a sua flecha mata
Vem de Aruanda uê
Vem de Aruanda uá

Com o passar do tempo algumas casas (centros/terreiros/tendas) incorporaram esta melodia / ponto ao cancioneiro da Umbanda.

Mais algumas curiosidades sobre este ponto e seu autor:

Difícil alguém com mais de 40 anos que não tenha ouvido esses versos. Gravada em 1973 por Ronnie Von, "Cavaleiro de Aruanda" vendeu mais de dois milhões de cópias e virou um dos pontos de umbanda mais famosos do País. Todo mundo se surpreende, porém, quando se descobre o autor da música. É um argentino, o guitarrista Tony Osanah, 60 anos, ex-Beat Boys, o grupo de cabeludos com suas guitarras elétricas que acompanhou Caetano Veloso em "Alegria, Alegria", no festival da TV Record de 1968. Depois, ele fez músicas para Elis Regina e Roberto Carlos e tocou com Gilberto Gil, Tim Maia e Raul Seixas, entre outros.

Ex-hippie e ex-Hare Krishna, o portenho Osanah não tinha qualquer familiaridade com temas e personagens das religiões afro-brasileiras quando compôs "Cavaleiro de Aruanda". Nem noção de quem era Oxóssi, um orixá do candomblé brasileiro. Mas, de repente, em casa, começou a dedilhar o violão e, quatro minutos depois, saiu a música. Isso aconteceu em fevereiro de 1972, após um inesperado encontro na calçada em frente ao antigo prédio do Mappin, na Praça Ramos de Azevedo, centro de São Paulo. Osanah e sbarrou em um desconhecido e teve uma surpresa. "O sujeito olhou pra mim e falou que eu precisava de ajuda. Ele parecia um velho índio. Pediu para eu acompanhá-lo e disse que eu nem imaginaria o que ia acontecer na minha vida nos próximos meses", relembra.

O homem, um pai-de-santo, o levou para um terreiro. De volta para casa, o músico "recebeu" a letra e a melodia de "Cavaleiro de Aruanda". "Ela foi psicografada para mim", acredita. A vida do argentino, a partir daí, sofreu uma reviravolta. "Eu vivia sempre tentando alguma coisa nas gravadoras. Era muito jovem, já casado e despreocupado", avalia. Daí em diante, fez fama e ganhou dinheiro. Hino a Oxóssi absorvido pela umbanda, a música é muito tocada até hoje. Acaba de ser incluída no disco novo de Ney Matogrosso e foi regravado recentemente pela cantora Rita Ribeiro. Não à toa, seu autor agradece sempre a esse orixá, ligado à produção do conhecimento, à inteligência e à caça. Osanah já tinh a um respeitado currículo quando encontrou o pai-de-santo na rua. Brilhou com Caetano em "Alegria, Alegria" e depois em "Soy Loco por Ti América", uma homenagem a Che Guevara. Havia tocado ainda com Gil na gravação de "Questão de Ordem". Na jovem guarda, foi parceiro de Ronnie Von, Eduardo Araújo e Antonio Marcos. Para Ronnie cantar, fez especialmente os sucessos "Tranquei a Vida" e "Colher de Chá". O nome Osanah ele ganhou de Elis Regina. A "Pimentinha" o batizou assim depois de ser presenteada com a canção "Osanah" (mensageiro, em hebraico). Profeticamente, a letra dizia: "Sei para onde vou/Agora eu sei quem sou/Sei do meu caminho/Eu sei com quem eu vou".




muito axé para vocês

domingo, 24 de abril de 2011

Páscoa

A Páscoa (do hebraico Pessach, significando passagem através do grego Πάσχα) é um evento religioso cristão, normalmente considerado pelas igrejas ligadas a esta corrente religiosa como a maior e a mais importante festa da Cristandade. Na Páscoa os cristãos celebram a Ressurreição de Jesus Cristo depois da sua morte por crucificação que teria ocorrido nesta época do ano em 30 ou 33 da Era Comum. A Páscoa pode cair em uma data, entre 22 de março e 25 de abril. O termo pode referir-se também ao período do ano canônico que dura cerca de dois meses, desde o domingo de Páscoa até ao Pentecostes.

Origem do nome

Os eventos da Páscoa teriam ocorrido durante o Pesah, data em que os judeus comemoram a libertação e fuga de seu povo escravizado no Egito.
A palavra Páscoa advém, exatamente do nome em hebraico da festa judaica à qual a Páscoa cristã está intimamente ligada, não só pelo sentido simbólico de “passagem”, comum às celebrações pagãs (passagem do inverno para a primavera) e judaicas (da escravatura no Egito para a liberdade na Terra prometida), mas também pela posição da Páscoa no calendário, segundo os cálculos que se indicam a seguir.
No português, como em muitas outras línguas, a palavra Páscoa origina-se do hebraico Pesah. Os espanhóis chamam a festa de Pascua, os italianos de Pasqua e os franceses de Pâques.
Os termos "Easter" (Ishtar) e "Ostern" (em inglês e alemão, respectivamente) parecem não ter qualquer relação etimológica com o Pessach (Páscoa). As hipóteses mais aceitas relacionam os termos com Estremonat, nome de um antigo mês germânico, ou de Eostre, uma deusa germânica relacionada com a primavera que era homenageada todos os anos, no mês de Eostremonat, de acordo com o Venerável Beda, historiador inglês do século VII. Porém, é importante mencionar que Ishtar é cognata de Inanna e Astarte (Mitologia Suméria e Mitologia Fenícia), ambas ligadas a fertilidade, das quais provavelmente o mito de "Ostern", e consequentemente a Páscoa (direta e indiretamente), tiveram notórias influências.

Páscoa Cristã

A Páscoa cristã celebra a Ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu por três dias, até sua ressurreição. É o dia santo mais importante da religião cristã. Muitos costumes ligados ao período pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera. Outros vêm da celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica, que é uma das mais importantes festas do calendário judaico, celebrada por 8 dias e onde é comemorado o êxodo dos israelitas do Egito, da escravidão para a liberdade. Um ritual de passagem, assim como a "passagem" de Cristo, da morte para a vida.
A última ceia partilhada por Jesus Cristo e seus discípulos é narrada nos Evangelhos e é considerada, geralmente, um “sêder do pesach” – a refeição ritual que acompanha a festividade judaica, se nos ativermos à cronologia proposta pelos Evangelhos sinópticos. O Evangelho de João propõe uma cronologia distinta, ao situar a morte de Cristo por altura da hecatombe dos cordeiros do Pessach. Assim, a última ceia teria ocorrido um pouco antes desta mesma festividade.
A festa tradicional associa a imagem do coelho, um símbolo de fertilidade, e ovos pintados com cores brilhantes, representando a luz solar, dados como presentes. De fato, para entender o significado da Páscoa cristã atual, é necessário voltar para a Idade Média e lembrar os antigos povos pagãos europeus que, nesta época do ano, homenageavam Ostera, ou Esther – em inglês, Easter quer dizer Páscoa. Ostera (ou Ostara) é a deusa da Primavera, que segura um ovo em sua mão e observa um coelho, símbolo da fertilidade, pulando alegremente em redor de seus pés nus. A deusa e o ovo que carrega são símbolos da chegada de uma nova vida. Ostara equivale, na mitologia grega, a Deméter. Na mitologia romana, é Ceres.

Páscoa no Judaísmo

Segundo a Bíblia (Livro do Êxodo), Deus mandou 10 pragas sobre o Egito. Na última delas (Êxodo cap 12), disse Moisés que todos os primogênitos egípcios seriam exterminados (com a passagem do anjo da morte por sobre suas casas), mas os de Israel seriam poupados. Para isso, o povo de Israel deveria imolar um cordeiro, passar o sangue do cordeiro imolado sobre as portas de suas casas, e o anjo passaria por elas sem ferir seus primogênitos. Todos os demais primogênitos do Egito foram mortos, do filho do Faraó aos filhos dos prisioneiros. Isso causou intenso clamor dentre o povo egípcio, que culminou com a decisão do Faraó de libertar o povo de Israel, dando início ao Êxodo de Israel para a Terra Prometida.
A Bíblia judaica institui a celebração do Pessach em Êxodo 12, 14: Conservareis a memória daquele dia, celebrando-o como uma festa em honra de Adonai: Fareis isto de geração em geração, pois é uma instituição perpétua .

Tradições pagãs na Páscoa

Na Páscoa, é comum a prática de pintar ovos cozidos, decorando-os com desenhos e formas abstratas. Em grande parte dos países ainda é um costume comum, embora que em outros, os ovos tenham sido substítuidos por ovos de chocolate. No entanto, o costume não é citado na Bíblia. Portanto, este costume é uma alusão a antigos rituais pagãos. Ishtar ou Astarte é a deusa da fertilidade e do renascimento na mitologia anglo-saxã, na mitologia nórdica e mitologia germânica. A primavera, lebres e ovos pintados com runas eram os símbolos da fertilidade e renovação a ela associados. A lebre (e não o coelho) era seu símbolo. Suas sacerdotisas eram ditas capazes de prever o futuro observando as entranhas de uma lebre sacrificada. A lebre de Eostre pode ser vista na Lua cheia e, portanto, era naturalmente associada à Lua e às deusas lunares da fertilidade. De seus cultos pagãos originou-se a Páscoa (Easter, em inglês e Ostern em alemão), que foi absorvida e misturada pelas comemorações judaico-cristãs. Os antigos povos nórdicos comemoravam o festival de Eostre no dia 30 de Março. Eostre ou Ostera (no alemão mais antigo) significa “a Deusa da Aurora” (ou, novamente, o planeta Vênus). É uma deusa anglo-saxã, teutônica, da Primavera, da Ressurreição e do Renascimento. Ela deu nome ao Shabbat Pagão, que celebra o renascimento chamado de Ostara.

sábado, 23 de abril de 2011

Salve Pai Ogum em seu dia

Salve Ogum, guerreiro de Oxalá.
Orixá que abençoa seus filhos e os filhos de seus filhos.
Pai destemido, Senhor da espada de fogo que corta todas as demandas e conduza os que ama aos caminhos da prosperidade.
Que em meus caminhos, possa eu, filho seu merecer as vossas Bênçãos: a espada que me encoraja, o escudo que me defende e a bandeira que me protege.
Meu Pai Ogum
Não me deixe cair
Não deixe tombar.



Na irradiação de Ogum

Os atributos dos Orixás representam as maiores qualidades que se espera que um Ser Humano alcance após muitas dificuldades. Representam o ideal desejado do que conseguimos compreender de Perfeição.
Também cada Orixá contém em seu arquétipo, a representação das Forças da Natureza que nos cercam, de modo que o(a) umbandista acaba vivendo 24 horas no entendimento das ações e reações derivadas destas forças e dos seus prórpios atos. Sem que se torne fanático, ele(a) vai aprendendo a caminhar pela Terra dentro de uma compreensão especial, fruto do conhecimento da atuação destas Forças sobre si. É uma forma entre muitas, de auto-conhecimento e conhecimento do Planeta onde habita e interage.
Quando pensamos em emanação das Forças da Natureza, devemos observar que a mesma vem sendo relatada desde o início dos tempos. Quando o homem descobriu o fogo, ele começou a adorá-lo como Força Mágica, um deus. O mesmo ocorria com os raios, as enchentes, os eclipses.No Egito, nos segredos dos templos, os mistérios remontavam ao Poder do Fogo, dos Metais, do Ar e da Água, movidos, junto ao desenvolvimento do poder mental, mas muitas vezes, ao longo dos séculos, foram envenenados pela violência e barbárie dos rituais.
Da bela Grécia chega até nós a Mitologia com a personificação destas Forças Mágicas, do Poder do Mar ( Poseidon), das Matas (Demeter), do Fogo (Hefesto), do Ar (Hermes), e o Poder Supremo (Zeus), entre outros.
Na Mitologia Nórdica, há Odim, o deus Supremo, Thor, senhor da Lei com seu machado (Xangô); Freija, deusa do amor (Oxum), Heimdall com características parecidas com Oxóssi, Loki se identifica com Exu, e Ogum e Odim com muitas emanações semelhantes. Estes pensamentos se coadunam com os de Rubens Saraceni no livro “Gênese Divina da Umbanda Sagrada”, embora anteriores à sua leitura, mas esta coincidência vem de encontro á uma reflexão que a Verdade sempre aparece, mesmo se caminhos diversos são trilhados.
E da antiquíssima África, onde sabemos que foram encontrados os resquícios dos primeiros da raça humana, cita o autor Omolubá,em seu livro – “Orixás- os Mitos e a Religião na Vida Contemporânea” – que o conhecimento que nos vêm sobre Ogum, vem da tradição africana Yorubá., onde em tempos muito, muito antigos, o retrato da entidade pujante, esbelta, destemida, valente e belicosa por natureza. Ligado ao ofício da guerra, no seu lazer voltado à caça. E em qualquer tempo, artesão primoroso de armas, ligado aos metais.
Além disso considerado um exímio cavaleiro, vencedor de demandas, manipulando encantamentos e sortilégios,é o vencedor do Rito e da Magia.
Na evolução do mundo, Ogum inspirou a descoberta da forja, bigorna, martelo, enxada, faca, torquês, espada, facão e lança, além das couraças protetoras.
Conta a lenda, segundo Omolubá, que “quando na matinata surgem os primeiros raios de sol,. vê-se em todas as direções e horizontes da Terra, a magnífica, telúrica e resplandescente imagem de Ogum montado em seu fogoso corcel, a insuflar muita coragem e muito ânimo para a batalha do dia-a-dia, pois o que importa é seguir sempre em frente e vencer!”
A energia de Ogum é emanada do astral até nós do plano encarnado, e sentida por seus seguidores, infundindo-lhes grande otimismo., entusiasmo, esperança, firmeza e alegria. Ogum favorece a ordem e disciplina nos relacionamentos, seja na família, trabalho e/ou vida social. Esta ordem também chega aos pensamentos e sentimentos, de maneira que aquele sob sua vibração, consegue seguir uma vida reta e digna.
Não se deve associar Ogum à violência, quando se fala que ele rege a guerra. Pois no plano espiritual, a guerra mais difícil a ser conquistada, é aquela sobre si mesmo, contra as más tendências, contra o orgulho, prepotência, soberba, ganância, falsidade, egocentrismo, apego, ignorância e medo. Ele ensina o autoconhecimento, de modo que se possa viver plenamente e sem máscaras, ultrapassando todos os conflitos, mantendo sua crença e sua verdade, sem humilhar e sem sofrer.
Ogum pode ser severo, até violento com seus filhos, mas Ogum é o cavaleiro do Amor, fazendo os mesmos superarem suas fraquezas, ceifando dúvidas, pendengas e inseguranças. Ogum é sentimento vibrante, não fogo da paixão que se apaga e se transforma em cinzas, mas o Fogo Renovador que tempera as almas e as faz inquebrantáveis, e cada um deveria buscar este conhecimento como quem busca a Pedra Filosofal dos antigos alquimistas.
Entretanto, enquanto os filhos de Ogum não manifestam a plenitude de sua influência benéfica, quando em desequilíbrio, demonstram indisciplina, arrogância, ciúmes exagerados, teimosia, egocentrismo, violência. Sofrem muito, até compreenderem como deve ser sua conduta correta.
No livro “Gênese Divina da Umbanda Sagrada” , de Rubem Saraceni cita:


“ Ogum é sinônimo de Luz Maior, Ordenação Divina e retidão em todos os sentidos.
Ogum é a Ordenação Divina em si mesmo: ele ordena a Fé, o Amor, o Conhecimento, a Justiça, a Evolução ea Criação. Por isso está em todas as outras qualidades divinas.
Ogum é a força que ordena tudo e todos, e tanto está presente na estrutura de um átomo como em qulquer parte do Universo.”

Orixá não é divindade, pois na Umbanda cremos num único Deus. A Umbanda não é politeísta, portanto, Orixá é potência de Luz emanada de Deus, que chamamos de Zambi. Portanto, Ogum não é um deus, mas uma manifestação Divina, que ordena e abre todos os caminhos. É impressionante a Força de transmutação que pode exercer.

A realidade de cada um é única, mas pode e influencia de fato os que estão ao redor. Esta força modificadora e mágica, que faz mover, que tira de um estado inerte para a ação, forçando a roda da vida a nova rotação, enriquece com novas experiências, novas oportunidades, novas portas e janelas em outros cenários, capacitando os viajores, usando a vestimenta carnal para obter novas respostas, atingir novos patamares, superar velhas quizilas e enfrentar e desmanchar qualquer demanda. Este, é Ogum.
Ogum é muito querido e cultuado no Brasil. Neste nosso pais, perdeu, todavia, os atributos de protetor da agricultura e da caça, que passaram a ser identificados exclusivamente com Oxóssi, e tornou-se conhecido sobretudo como Senhor da guerra, sendo sincretizado na Bahia com Santo Antônio de Pádua e nos outros Estados, especialmente o Rio de Janeiro, com São Jorge.
Existe uma passagem da história do Brasil onde se denota a grande fé a Ogum como Senhor da guerra. Cabe lembrar que os negros constituíam maioria entre os soldados e marinheiros que lutaram na Guerra do Paraguai. As tropas jamais deixaram de invocar a proteção de Ogum, seja diretamente ao orixá, seja na forma de São Jorge, o que talvez explique algumas expressões presentes nos pontos cantados, como Ogum jurou bandeira nos campos do Humaitá. A hipótese se torna ainda mais forte quando lembramos que Humaitá é o nome de uma localidade onde ocorreu uma das mais importantes batalhas daquela guerra, sendo ao mesmo tempo o nome atribuído à região do mundo invisível – o orum – que se acredita seja a morada de Ogum.
Temos no mes de abril , exatamente no dia 23, as homenagens ao Orixá Ogum. Os falangeiros de Ogum são:
• Ogum Beira-Mar
• Ogum Megê
• Ogum Sete Ondas
• Ogum Sete Espadas
• Ogum Iara
• Ogum Matinata
• Ogum Rompe-Mato
Estas falanges possuem plêiades de espíritos evoluídos e em diversos estados de evolução, que estão representados pelos caboclos de pena, pelos caboclos de couro ou boiadeiros, pelos pretos velhos, crianças e exus.
E alguns ainda consideram Ogum como a 4ª linha dentro da Umbanda,com as seguintes Legiões:
Ogum de Lei - traz consigo a vibração pura de Ogum e trabalha para todo o planeta. É a própria Lei regendo os reajustes cármicos. Suas oferendas podem ser feitas em qualquer lugar do mundo, acrescida de uma vela oferecida ao tempo.

Ogum Beira-Mar
- aliada ao Povo do Mar. Na areia do mar é conhecido como Beira-Mar e nas ondas é Ogum Sete Ondas. Suas cores são vermelha e branca. Atua na ronda da Calunga Grande (mar, oceano) e no reino de lemanjá. As oferendas são feitas na areia molhada, sobre um pano branco com bordas vermelhas.

Ogum Megê
– conexão com o Povo Megê (africanos). Sua falange trabalha na Calunga Pequena (cemitério), na calçada que o cerca, diretamente com as almas. Suas cores são branca e vermelha e suas oferendas devem ser feitas em volta do cemitério.

Ogum Naruê
– trabalha basicamente no des¬manche da magia negra, dentro da Linha das Almas, exercendo seu domínio sobre as almas quimbandeiras. Suas cores são branca e vermelha e aceita suas oferendas dentro do cemitério ou na mata, em locais consagrados para esses rituais.

Ogum Matinata
- defende os campos onde são feitas as oferendas para Oxalá, bastante comuns em colinas floridas. Não há muitos médiuns que conseguem tê-lo como Guia, pois é bastante difícil de incor¬porar. Suas cores são branca e vermelha, predominando mais o branco. Suas oferendas devem ser entregues em campos com muitas flores. Apesar de guardar as oferendas de Oxalá, não vibra diretamente com o mesmo.

Ogum Iara
– Povo dos Rios. Esta é a falange que trabalha nos rios, lagos e cachoeiras, grande colaborador de Oxum. Suas cores são branca e vermelha e também, algumas vezes, verde e vermelho, simbolizando a mata. Suas oferendas devem ser feitas em rios, lagos e cachoeiras.

Ogum Rompe Mato
- ligado a Oxóssi e ao Povo das Matas. Esta falange costuma trabalhar cruzada com Oxossi, nas matas e nas pedreiras, onde também é conhecido como Ogum das Pedreiras, trabalhando cruzado com Xangô. Suas cores são branca e vermelha, algumas vezes verde e vermelho, combinando com o branco. As oferendas para Ogum Rompe-Mato devem ser feitas na entrada da mata; Ogum das Pedreiras recebe suas oferendas em volta de uma pedreira.

Ogum Nagô
– Junto ao Povo de ganga ( nagô)

Ogum Malei
– Da linha Malei ( Povo de Exu)
No livro “ Umbanda de todos nós”, Matta e Silva relata que a Linha de Ogum apresenta 42 Orixás Chefes de Falange, como intermediários para as demais Linhas, um pouco diferente do acima descrito, mas que vale a pena estudar e desenvolver o pensamento e fazer comparações, até chegar a um entendimento comum. São eles:
a- Ogum de Lei;
b- as entidades com nome de Ogum Yara, intermediárias para a Linha de Yemanjá;
c- as entidades com nome de Ogum Megê, intermediárias para a linha de Yori;
d – as entidades que tomam o nome de Ogum Rompe Mato, intermediárias para a Linha Oxóssi;
e- as entidades que tomam o nome de Ogum de Malê, intermediários parra Yorimá
f- as entidade que tomam o nome de Ogum Beira-Mar, intermediários de Xangõ
g- as entidades que tomam o nome de Ogum Matinata, que são intemediários parta a Linhade Oxalá.
Senhor dos limites, sempre está na frente abrindo a passagem para os demais Orixás. Razão esta que se explica nos rituais de Umbanda sua saudação em primeiro lugar (entre os orixás, já que a primeira saudação deve ser a de Exu).
Ogum exerce um papel fundamental na Umbanda, comandando os Caboclos, os Exus e as Pombogiras, faz a guarda dos locais sagrados e dos médiuns de Umbanda. São eles que vão na frente para proteger e zelar pelas caravanas, pelo espíritos em missões de resgate e de trabalho.
Teremos Ogum no limite do mar e terra, do campo santo e do profano, na entrada da mata, na beira dos rios e cachoeiras, e assim por diante. Isso também explica a razão de Ogum estar relacionado às estradas, aos caminhos.
Sendo vencedor de demandas, sendo um Orixá próximo aos trabalhos de Exu, deve dominar e manipular a magia. Isso também dá a Ogum uma relação íntima com os elementais. O Senhor Exu Tranca Ruas é o correspondente negativo na Vibração Espiritual de Ogum. Há ainda uma classificação que se encontra na Apostila da Sociedade Mata Verde que é a seguinte:

Exu Sete Chaves
- intermediário para Ogum na Vibração Espiritual de Oxalá

Exu Nanguê
– intermediário para Ogum na Vibração Espiritual de Yemanjá

Exu Toquinho
– intermediário para Ogum na Vibração Espiritual de Ibeji

Exu Meia-Noite
– intermediário para Ogum na Vibração Espiritual de Xangô

Exu Pemba
- intermediário para Ogum na Vibração Espiritual de Oxossi

Exu do Lodo
- intermediário para Ogum na Vibração Espiritual deYorimá
Ogum vibra na Umbanda e na Quimbanda, lutando contra o Mal, e a linha de Ogum na Quimbanda chama-se Linha do Cemitério.
Para finalizar, gostaria de pontuar uma certa controvérsia, onde em muitos centros se divulga que o guia de Ogum incorporado em seu cavalo não gira. Discordo, pois frequentemente vejo Caboclos de Ogum girarem, descarregando o aparelho (cavalo) ou consulentes, ou na corrente . Sem querer de modo algum provocar polêmica deixo ainda alguns lindos pontos de Ogum que reforçam meu pensamento.


Falange do Caboclo Akuan
“Sêo Akuan é um caboclo guerreiro
Ele vem na falange de Ogum (bis)
Ele olha por todos os seus filhos,
Meu Pai (bis)
Ele não esquece nenhum ( bis)
Ele gira com o sol e com a lua
Ele gira com a terra e com o mar
Ele vem com sua falange, meu Pai
Pra firmar o seu jacutá (bis)”

Ogum Beira Rio

“Beira Rio, Beira Rio, Beira Mar
O que se ganha de Ogum
Só Ogum pode tirar ( bis)
Seu Ogum de Ronda
Ele vem girar
Vem trazendo folhas
Pra descarregar”

Saudação ao Seu Ogum de Ronda

“Quem está de ronda é São Jorge
Meu Pai me diz aonde é
Quem está de ronda é São Jorge
Salvai os filhos de fé
Quem está de ronda é São Jorge
Meu Pai me diz aonde é
Quem está de ronda é São Jorge
Jesus, Maria e José
Quem está de ronda é São Jorge
Deixa São Jorge rondar
São Jorge é guerreiro
Que manda na terra e manda no mar
Saravá meu Pai ( bis)
Girar é bom ( bis)
Girar é bom
É bom girar”

ALGUMAS INFORMAÇÕES SOBRE OGUM:
Dia da semana - terça-feira
Cor – Vermelha
Ervas - espada de São Jorge, folha de jabuticaba, tansagem, lança de Ogum, folha de mangueira, folha de aroeira, folha de salgueiro-chorão, pata-de-vaca, folha de mangueira, abre caminho, beldroega, carqueja, losna, língua-de-vaca, peregum (dracena com raios vermelhos). Folhas de coqueiro(mariô), casca de alho, casca de cebola, menta, mostarda, samambaia, mostarda, guiné, alcachofra, aspargo, arruda, jurubebam romã, comigo-ninguém-pode, porangaba, cravo branco/vermelho, folhas de coqueiro, azaléia.
Amaci – água de mina, guaco, arnica, funcho, hortelã, cravos vermelho/branco
Cor das Guias e Velas – vermelha, vermelha e branca
Saudação – OGUNHÊ!
Planeta Regente - Marte

Autor: Alex de Oxóssi (Rio Bonito – RJ)
http://www.povodearuanda.com.br/?p=7801