quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Umbanda e a Imortalidade da Alma


A Umbanda acredita na imortalidade da alma, ou seja, crer nas sucessivas encarnações e consequentemente nas leis cármicas. Por estas razões, supõe-se que o umbandista é um ser esclarecido de que errou no passado e de que está nesta vida em busca de sua melhoria, de sua evolução. Mas como se dá esta evolução?

A evolução humana acontece todos os dias, diante das mais diversas situações. A todo instante o indivíduo tem a possibilidade de pensar nas falhas e nos erros que comentem consigo e que com lhes rodeia, a partir de então, consciente de que precisa evoluir para não ter que voltar a Terra com a intenção de pagar pelas mesmas faltas, este pode começar a ser uma pessoa melhor.

É essencial que um verdadeiro umbandista não guarde mágoas, que saiba perdoar, que ajude no que puder ao seu próximo – ainda que seja por uma palavra amiga, um por um gesto de carinho sincero, com a verdade dita por vezes dolorosa para melhoria de quem necessita, respeitando opiniões opostas, e, principalmente, pedindo ao Alto a autêntica fé e caridade que apregoa.

O orgulho de não reconhecer o próprio erro, a vaidade de se sentir melhor do que os outros, a inveja de não ter algum bem material ou algum atributo na alma de alguém de seu círculo de amizade ou até religioso, destrói qualquer real sintonia com as Entidades de Luz. Os médiuns de incorporação devem ter maior responsabilidade quanto a esses cuidados com o espírito, pois quando não estão em verdadeira sintonia com os Guias de Luz, no ato de suas incorporações falam de suas bocas os que às Entidades jamais falariam, sendo assim, pagarão mais caro por ludibriar o semelhante que vai de boa fé a procura de auxílio.

As leis cármicas servem para todos: babalorixás, yalorixás, filhos de santo, ogâs, cambones e para os seguidores da umbanda que não têm necessariamente a mediunidade aflorada. Cada um dos citados são filhos do mesmo Deus, portanto, os castigos e recompensas lhes servem igualmente.

Muito se engana quem achar que as consequências de seus atos (castigos ou recompensas) só serão ajustados nas próximas encarnações. Basta olhar ao redor de si e notar que muitos de seus pedidos desta encarnação não vão para frente, não vingam, não acontecem... Nada mais é do que a falta de merecimento por sua má conduta nesta e em outras vidas e o esquecimento de que deve se melhorar a cada segundo de sua existência terrena. Já outros, são abençoados e vivem em paz - fruto de seus comportamentos íntegros e evolutivos.

Valéria Fernandes

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