sábado, 15 de outubro de 2011

Espiritismo no Século XXI

A Doutrina dos Espíritos é uma doutrina dinâmica. Por estar fundada nos conhecimentos de ciência, filosofia e religião, seu sistema de idéias está constantemente se renovando e se adaptando ao contexto, seja ele local, planetário ou cósmico.
No passado, devido a um sincretismo religioso (cruzamento com outras religiões) e ao alcance cultural da época, o Espiritismo ficou emaranhado em dogmas, misticismos, miticismos, ocultismos, esoterismos, que não fazem parte da essência doutrinária espírita.
O Espiritismo não tem nada de sacro, não adoramos imagens ou ritos; não tem nada de dogmático, não nos abraçamos a verdades estanques inquestionáveis. Não tem nada de esotérico, pois sua linha doutrinária se fundamenta na ciência, filosofia e religião de forma unitiva.
Aqui é importante abrirmos um parenteses. Muitos questionam sobre os fenômenos espíritas. E adianto: Não existem provas científicas dos fenômenos espíritas. Não existem provas que acontecem, e muito menos que não acontecem. E isso é facilmente explicado pelo fato de a ciência atual ainda não ter alcançado o conhecimento necessário. A física quântica começa a mostrar o caminho. De qualquer forma, o fenômeno espírita é o que menos importa para a Doutrina dos Espíritos, pois o espiritismo não veio materializar o espírito, mas sim espiritualizar a matéria.
Desta forma, o espiritismo do século XXI veio transformar a sociedade horizontal e verticalmente. Mudando, não só o pensar para um pensar crítico e humano, mas também suas estruturas. E o objetivo e desafio do espiritismo nesse século é bem claro: promover uma evolução moral na humanidade.
Por ser uma doutrina dinâmica, as unidades funcionais do Espiritismo, os Centros Espíritas, devem estar constantemente em evolução e se adaptando ao emergente. Devem ser verdadeiros centros de transformação dos indivíduos em pessoas melhores, através do exercício do autoconhecimento. Nada de encosto, nada de espírito obsessor, que mancham a imagem da doutrina e ferem o princípio básico do livre arbítrio.
Assim, o espiritismo do século XXI tem o desafio de tirar o ranço das prática passadas e se afirmar como um sistema de idéias dinâmico que responde aos anseios da humanidade no tocante ao ser do ser humano, isto é, o espírito.

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