PARTÍCULA ELÉTRICA — Por anotações ligeiras, em torno da Microfísica, sabemos que toda partícula se desloca, gerando onda característica naturalmente fornada pelas vibrações do campo elétrico, relacionadas com o número atômico dos elementos.
Em conjugando os processos termoelétricos e o campo magnético, a Ciência pode medir com exatidão a carga e a massa dos elétrons, demonstrando que a energia se difunde, através de movimento simultâneo, em partículas infra-atômicas e pulsações eletromagnéticas correspondentes.
Informamo-nos, ainda, de que a circulação da corrente elétrica num condutor é invariavelmente seguida do nascimento de calor, formação de um campo magnético ao redor do condutor, produção de luz e ação química.
Deve-se o aparecimento do calor às constantes colisões dos elétrons livres, espontaneamente impelidos a se moverem ao longo do condutor, associando a velocidade de transferência ou deslocamento à velocidade própria, no que tange à translação sobre si mesmos, o que determina a agitação dos átomos e das moléculas, provocando aquecimento.
A constituição de um campo magnético, ao redor do condutor, é induzida pelo movimento das correntes corpusculares a criarem forças ondulatórias de imanização. A produção de luz decorre da corrente elétrica do condutor. E a ação química resulta de circulação da corrente elétrica, através de determinadas soluções.
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PARTÍCULA MENTAL — Em identidade de circunstâncias, apesar da diversidade dos processos, toda partícula da corrente mental, nascida das emoções e desejos recônditos do Espírito, através dos fenômenos íntimos e profundos da consciência, cuja estrutura ainda não conseguimos abordar, se desloca, produzindo irradiações eletromagnéticas, cuja freqüência varia conforme os estados mentais do emissor, qual acontece na chama, cujos fótons arremessados em todas as direções são constituídos por grânulos de força cujo poder se revela mais, ou menos intenso, segundo a freqüência da onda em que se expressam.
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CORRENTE MENTAL SUB-HUMANA — Nos reinos inferiores da Natureza, a corrente mental restringe-se a impulsos de sustentação nos seres de constituição primária, a começar dos minerais, preponderando nos vegetais e avançando pelo domínio dos animais de formação mais simples, para se evidenciar mais complexa nos animais superiores que já conquistaram bases mais amplas à produção do pensamento contínuo.
Em todas as criaturas sub-humanas, os agentes mentais, na forma de impulsos constantes, são, desse modo, empregados na manutenção de calor e magnetismo, radiação e atividade química nos processos vitais dos circuitos orgânicos, de maneira a sedimentarem, pouco a pouco, os alicerces da inteligência, salientando-se que nos animais superiores os impulsos mentais a que aludimos já se responsabilizam por valioso patrimônio de percepções avançadas.
FUNÇÃO DOS AGENTES MENTAIS — Por intermédio dos agentes mentais ou ondas eletromagnéticas incessantes, temos os fenômenos elétricos da transmissão sináptica ou transmissão do impulso nervoso de um neurônio a outro, fenômenos esses que podem ser largamente analisados nos gânglios simpáticos (quais o oftálmico, o estrelado, o cervical superior, o mesentérico inferior, os lombares), na medula espinhal, após a excitação das fibras aferentes, nos núcleos motores dos nervos óculo-motor comum e motores espinhais.
Podemos, ainda, verificar essa ocorrência nos neurônios motores espinhais, valendo-nos de eletródios intracelulares.
Inibindo, controlando, libertando ou distribuindo a força nervosa ou os potenciais eletromagnéticos acumulados pelos impulsos mentais, nas províncias celulares, surpreendemos a coordenação dos estímulos diversos, mantenedores do equilíbrio orgânico, através da ação conduzida dos vários mediadores químicos de que as células se fazem os fabricantes e distribuidores essenciais.
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CORRENTE MENTAL HUMANA — No homem a corrente mental assume feição mais elevada e complexa.
No cérebro humano, gabinete da alma erguida a estágios mais nobres na senda evolutiva, ela não se exprime tão só à maneira de impulso necessário à sustentação dos circuitos orgânicos, com base na nutrição e reprodução. É pensamento contínuo, fluxo energético incessante, revestido de poder criador inimaginável.
Nasce das profundezas da mente, em circunstâncias por agora inacessíveis ao nosso conhecimento, porque, em verdade, a criatura, pensando, cria sobre a Criação ou Pensamento Concreto do Criador.
E, após nascida, ei-la — a corrente mental —que se espraia sobre o cosmo celular em que se manifesta, mantendo a fábrica admirável das unidades orgânicas, através da inervação visceral e da inervação somática a se constituírem pelo arco reflexo espinhal, bem como pelos centros e vias de coordenação superiores.
E, assim, percorre o arco reflexo visceral, vibrando:
1) nas fibras aferentes, cuja tessitura celular permanece nos gânglios das raízes dorsais e dos nervos cranianos correspondentes;
2) nas fibras conectoras mielínicas que se originam na coluna intermédio-lateral;
3) nas fibras motoras originadas nos neurônios ganglionares e que terminam nos efetores ou fibras pós-ganglionares.
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Acima do nível espinhal, vibra, ainda:
1) na integração pontobulbar em que se hierarquizam reflexos importantes, como sejam os da pressão arterial;
2) no conjunto talâmico e hipotalâmico, em que se mecanizam os reflexos do Espírito;
3) na composição cortical.
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A corrente mental, segundo anotamos, vitaliza, particularmente, todos os centros da alma e, conseqüentemente, todos os núcleos endócrinos e junturas plexiformes da usina física, em cuja urdidura dispõe o Espírito de recursos para os serviços da emissão e recepção, ou exteriorização dos próprios pensamentos e assimilação dos pensamentos alheios.
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CAMPO DA AURA — Articulando, ao redor de si mesma, as radiações das sinergias funcionais das agregações celulares do campo físico ou do psicossomático, a alma encarnada ou desencarnada está envolvida na própria aura ou túnica de forças eletromagnéticas, em cuja tessitura circulam as irradiações que lhe são peculiares.
Evidenciam-se essas irradiações, de maneira condensada, até um ponto determinado de saturação, contendo as essências e imagens que lhe configuram os desejos no mundo íntimo, em processo espontâneo de auto-exteriorização, ponto esse do qual a sua onda mental se alonga adiante, atuando sobre todos os que com ela se afinem e recolhendo naturalmente a atuação de todos os que se lhe revelem simpáticos.
E, desse modo, estende a própria influência que, à feição do campo proposto por Einstein, diminui com a distância do fulcro consciencial emissor, tornando-se cada vez menor, mas a espraiar-se no Universo infinito.
Fonte: Livro “Mecanismos da Mediunidade”
Autores Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira pelo Espírito de André Luiz
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