Ronnie Von gravou, em 1972, a melodia “Cavaleiro de Aruanda” (letra e musica de Tony Osanah):
Quem é o cavaleiro que vem lá de Aruanda
É Oxóssi em seu cavalo com seu chapéu de banda
Quem é esse cacique glorioso e guerreiro
Vem montado em seu cavalo descer no meu terreiro
Vem de Aruanda uê
Vem de Aruanda uá
Ele é filho do verde, ele é filho da mata
Saravá, Nossa Senhora, a sua flecha mata
Vem de Aruanda uê
Vem de Aruanda uá
Com o passar do tempo algumas casas (centros/terreiros/tendas) incorporaram esta melodia / ponto ao cancioneiro da Umbanda.
Mais algumas curiosidades sobre este ponto e seu autor:
Difícil alguém com mais de 40 anos que não tenha ouvido esses versos. Gravada em 1973 por Ronnie Von, "Cavaleiro de Aruanda" vendeu mais de dois milhões de cópias e virou um dos pontos de umbanda mais famosos do País. Todo mundo se surpreende, porém, quando se descobre o autor da música. É um argentino, o guitarrista Tony Osanah, 60 anos, ex-Beat Boys, o grupo de cabeludos com suas guitarras elétricas que acompanhou Caetano Veloso em "Alegria, Alegria", no festival da TV Record de 1968. Depois, ele fez músicas para Elis Regina e Roberto Carlos e tocou com Gilberto Gil, Tim Maia e Raul Seixas, entre outros.
Ex-hippie e ex-Hare Krishna, o portenho Osanah não tinha qualquer familiaridade com temas e personagens das religiões afro-brasileiras quando compôs "Cavaleiro de Aruanda". Nem noção de quem era Oxóssi, um orixá do candomblé brasileiro. Mas, de repente, em casa, começou a dedilhar o violão e, quatro minutos depois, saiu a música. Isso aconteceu em fevereiro de 1972, após um inesperado encontro na calçada em frente ao antigo prédio do Mappin, na Praça Ramos de Azevedo, centro de São Paulo. Osanah e sbarrou em um desconhecido e teve uma surpresa. "O sujeito olhou pra mim e falou que eu precisava de ajuda. Ele parecia um velho índio. Pediu para eu acompanhá-lo e disse que eu nem imaginaria o que ia acontecer na minha vida nos próximos meses", relembra.
O homem, um pai-de-santo, o levou para um terreiro. De volta para casa, o músico "recebeu" a letra e a melodia de "Cavaleiro de Aruanda". "Ela foi psicografada para mim", acredita. A vida do argentino, a partir daí, sofreu uma reviravolta. "Eu vivia sempre tentando alguma coisa nas gravadoras. Era muito jovem, já casado e despreocupado", avalia. Daí em diante, fez fama e ganhou dinheiro. Hino a Oxóssi absorvido pela umbanda, a música é muito tocada até hoje. Acaba de ser incluída no disco novo de Ney Matogrosso e foi regravado recentemente pela cantora Rita Ribeiro. Não à toa, seu autor agradece sempre a esse orixá, ligado à produção do conhecimento, à inteligência e à caça. Osanah já tinh a um respeitado currículo quando encontrou o pai-de-santo na rua. Brilhou com Caetano em "Alegria, Alegria" e depois em "Soy Loco por Ti América", uma homenagem a Che Guevara. Havia tocado ainda com Gil na gravação de "Questão de Ordem". Na jovem guarda, foi parceiro de Ronnie Von, Eduardo Araújo e Antonio Marcos. Para Ronnie cantar, fez especialmente os sucessos "Tranquei a Vida" e "Colher de Chá". O nome Osanah ele ganhou de Elis Regina. A "Pimentinha" o batizou assim depois de ser presenteada com a canção "Osanah" (mensageiro, em hebraico). Profeticamente, a letra dizia: "Sei para onde vou/Agora eu sei quem sou/Sei do meu caminho/Eu sei com quem eu vou".
Quem é o cavaleiro que vem lá de Aruanda
É Oxóssi em seu cavalo com seu chapéu de banda
Quem é esse cacique glorioso e guerreiro
Vem montado em seu cavalo descer no meu terreiro
Vem de Aruanda uê
Vem de Aruanda uá
Ele é filho do verde, ele é filho da mata
Saravá, Nossa Senhora, a sua flecha mata
Vem de Aruanda uê
Vem de Aruanda uá
Com o passar do tempo algumas casas (centros/terreiros/tendas) incorporaram esta melodia / ponto ao cancioneiro da Umbanda.
Mais algumas curiosidades sobre este ponto e seu autor:
Difícil alguém com mais de 40 anos que não tenha ouvido esses versos. Gravada em 1973 por Ronnie Von, "Cavaleiro de Aruanda" vendeu mais de dois milhões de cópias e virou um dos pontos de umbanda mais famosos do País. Todo mundo se surpreende, porém, quando se descobre o autor da música. É um argentino, o guitarrista Tony Osanah, 60 anos, ex-Beat Boys, o grupo de cabeludos com suas guitarras elétricas que acompanhou Caetano Veloso em "Alegria, Alegria", no festival da TV Record de 1968. Depois, ele fez músicas para Elis Regina e Roberto Carlos e tocou com Gilberto Gil, Tim Maia e Raul Seixas, entre outros.
Ex-hippie e ex-Hare Krishna, o portenho Osanah não tinha qualquer familiaridade com temas e personagens das religiões afro-brasileiras quando compôs "Cavaleiro de Aruanda". Nem noção de quem era Oxóssi, um orixá do candomblé brasileiro. Mas, de repente, em casa, começou a dedilhar o violão e, quatro minutos depois, saiu a música. Isso aconteceu em fevereiro de 1972, após um inesperado encontro na calçada em frente ao antigo prédio do Mappin, na Praça Ramos de Azevedo, centro de São Paulo. Osanah e sbarrou em um desconhecido e teve uma surpresa. "O sujeito olhou pra mim e falou que eu precisava de ajuda. Ele parecia um velho índio. Pediu para eu acompanhá-lo e disse que eu nem imaginaria o que ia acontecer na minha vida nos próximos meses", relembra.
O homem, um pai-de-santo, o levou para um terreiro. De volta para casa, o músico "recebeu" a letra e a melodia de "Cavaleiro de Aruanda". "Ela foi psicografada para mim", acredita. A vida do argentino, a partir daí, sofreu uma reviravolta. "Eu vivia sempre tentando alguma coisa nas gravadoras. Era muito jovem, já casado e despreocupado", avalia. Daí em diante, fez fama e ganhou dinheiro. Hino a Oxóssi absorvido pela umbanda, a música é muito tocada até hoje. Acaba de ser incluída no disco novo de Ney Matogrosso e foi regravado recentemente pela cantora Rita Ribeiro. Não à toa, seu autor agradece sempre a esse orixá, ligado à produção do conhecimento, à inteligência e à caça. Osanah já tinh a um respeitado currículo quando encontrou o pai-de-santo na rua. Brilhou com Caetano em "Alegria, Alegria" e depois em "Soy Loco por Ti América", uma homenagem a Che Guevara. Havia tocado ainda com Gil na gravação de "Questão de Ordem". Na jovem guarda, foi parceiro de Ronnie Von, Eduardo Araújo e Antonio Marcos. Para Ronnie cantar, fez especialmente os sucessos "Tranquei a Vida" e "Colher de Chá". O nome Osanah ele ganhou de Elis Regina. A "Pimentinha" o batizou assim depois de ser presenteada com a canção "Osanah" (mensageiro, em hebraico). Profeticamente, a letra dizia: "Sei para onde vou/Agora eu sei quem sou/Sei do meu caminho/Eu sei com quem eu vou".
muito axé para vocês
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