terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Saudação ao Pai Oxalá


MEU PAI OXALÁ,
OBRIGADO MEU PAI QUE BOM
AS VOLTAS DO TEU ABRAÇO,
SÃO LAÇOS DE LUZ E SOM
MEU PAI OXALÁ
EU SEI QUE ESTÁS EM MIM
NAS DORES DA ILUSÃO,
NA FORÇA DO NÃO E O SIM
PEÇO AGORA TEU AMOR,
NESTA HORA DE ESPERANÇA
PRA SER LIVRE COMO A FLÔR,
SER ADULTO E SER CRIANÇA
ABENÇÔE A TODOS NÓS
NOSSOS PAIS, NOSSOS AVÓS
NOSSOS FILHOS E PARENTES
NOSSAS VIDAS TÃO CARENTES

MEU PAI OXALÁ
ÉS TUDO NA CRIACÃO
IGUAL TEU PODER NÃO HÁ
ME CURA ME DÁ TUA MÃO

PEÇO AGORA TEU AMOR
NESTA HORA DE ESPERANÇA
PEÇO AGORA SEU AMOR......BIS


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OXALÁ, O ORIXÁ DA CRIAÇÃO
Na Umbanda, Oxalá representa o mais alto na hierarquia dos Orixás, tendo como contraparte nosso Mestre Jesus, o médium supremo. Nos pontos riscados é representado por uma estrela de cinco pontas.
Como Orixá na Umbanda, Oxalá se apresenta sob três formas:
OXAGUIAN: o Oxalá Menino, que é sincretizado com o Menino Jesus de Praga.
OXALUFAN: o Oxalá Velho, sincretizado com Jesus no Monte das Oliveiras.
OXALÁ: sincretizado com Jesus Cristo.
Tanto na Umbanda quanto no Candomblé é de Oxalá a tarefa de criação da Humanidade. Por isso a equivalência a Jesus, manifestação máxima de Deus trino: Pai, Filho, Espírito Santo. Além de responsável pelo molde dos primeiros seres humanos na Terra, é considerado também o criador da cultura material. Oxalá é representado nos Congas por Jesus e é a autoridade suprema na Umbanda. É ele quem ordena aos Orixás que venham ajudar seus filhos por meio dos Guias e Mensageiros que vêm em Terra.
Sua imagem é a de Jesus Cristo, sem a cruz e sua cor é branca.
Oxalá é considerado o Orixá maior na Umbanda, porque é capaz de atuar em todos os elementos e vibrações através dos outros Orixás.
Éter e Luz: são o elementos e a força da Natureza correspondentes à Linha de Oxalá.
Dia da Semana: Sexta-feira.
Vibração: atua no chacra coronário.
Cor: Branca, com raios dourados.
Cores da Guia: Contas brancas leitosas.
OXALÁ NOS CULTOS AFRO-BRASILEIROS
O mais importante e elevado do Panteão lorubá; foi o primeiro Orixá criado por Olorum (O Deus supre­mo). E um dos Orixás Fun-Fun (da cor branca). São muitas as suas lendas e extensa sua origem e história na África. No Brasil, são mais conhecidos Oxalufan o velho e Oxaguian o moço. Na sua forma guerreira, Oxalá carrega uma espada, cheio de vigor e no­breza; na condição de velho e sábio, curvado pelo peso dos anos, é uma figura nobre e bondosa que carrega um cajado, o Opaxorô, de forte sim­bologia, utilizado para separação do Orun (o Céu) e o Ayié (a Terra). No Brasil é o mais venerado e sua maior festa é uma cerimônia chamada Águas de Oxalá, que diz respeito à sua lenda dos sete anos de encar­ceramento, culminando com a cerimônia do Pilão de Oxaguian, para festejar a volta do Pai. Esse respeito advém da sua condição delegada, por Olorum, da criação e governo da Humanidade.
CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXALÁ
Os filhos de Oxalá são pessoas tranqüilas, que tendem à calma até nos momentos mais difíceis. São amáveis e pensativos, mas não cos­tumam ser subservientes. São articulados, reservados e às vezes muito teimosos, sendo difícil con­vencê-los de que estão errados na resolução de um problema. Em Oxalufan, o Oxalá mais velho aparece com a tendência para o debate e a argumentação.
A LENDA AFRICANA
Orixalá ou Obatalá foi encarregado por Olorum de realizar uma grande e importante tarefa: a da criação do mundo. Para isso, recebeu de Olorum o Saco da Criação. Mas antes de iniciar sua viagem para o cumprimento da mis­são era necessário que Oxalá realizasse oferendas para Bará. Mas, com seu caráter um tanto orgulhoso, não o fez. Iniciou então sua caminhada, e, ao chegar à porta do além, encontrou Exu-Bará, fiscal das comunicações entre os dois mundos. Ao saber que o Grande Orixá não havia feito as oferendas, fez com que ele sentisse muita sede durante a caminhada. Oxalá não teve outra saída senão tomar o líquido refrescante que escorre do dendezeiro o vinho de palma. Com isso ficou bêbado, perdeu o rumo e adormeceu. Veio então Odudua, criado depois de Oxalá, e, vendo-o adormecido, roubou-Ihe o Saco da Criação e levou até Olorum, que disse: Vá você Odudua, vá e crie o mundo. Odudua encontra uma grande extensão de água e deixa cair o conteúdo do Saco da Criação a terra; formou-se um monte que ultra­passou as águas. Odudua colocou sobre o monte de terra uma galinha de cinco patas, que espalhou a terra sobre as águas. A terra foi se alargando cada vez mais criando a cidade de llê-lfê. Quando Oxalá acordou e não encon­trou o Saco da Criação procurou Olo­rum, que o castigou proibindo-o de beber vinho de palma e usar azeite de dendê. Como consolo, ordenou-lhe que moldasse no barro o corpo dos seres humanos, sobre os quais Ele, Olorum, sopraria a vida.
Fonte: Revista Espiritual de Umbanda Nº 12

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